Uma sindicância realizada pelo Igeprev (Instituto de Gestão Previdenciária do Estado de Tocantins) detectou indícios de irregularidades nos investimentos feitos pela entidade em um fundo de investimento brasileiro ligado à The Trump Organization, da família do presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump.

Os relatórios foram entregues ao MPF (Ministério Público Federal) na semana passada e mostram que o Igeprev investiu R$ 35 milhões na construção de um hotel da marca Trump no Rio de Janeiro mesmo depois de o órgão técnico do instituto recomendar que o investimento não fosse feito. O MPF investiga se houve pagamento de propina a gestores de fundos de pensão para que eles investissem na construção do hotel. Estes documentos, aos quais o UOL teve acesso, devem ajudar nesta investigação. Procurada pela reportagem, a Trump Hotels, empresa que faz parte da The Trump Organization, disse que não comentaria o caso (leia mais abaixo).

O Igeprev é um instituto criado para administrar o fundo de pensão dos servidores do Estado do Tocantins. Para garantir que o Estado terá recursos para pagar as pensões de seus servidores, o Igeprev aplica os recursos oriundos das contribuições sociais pagas pelos servidores da ativa e dos aportes feitos pelo governo do Estado no mercado financeiro.

Em 2015, em meio a suspeitas de que algumas aplicações estavam causando prejuízo ao fundo e comprometendo a solidez do instituto, o Igeprev realizou uma auditoria interna.

Além das investigações comandadas pelo MPF, as aplicações feitas pelo Igeprev são alvo de pelo menos dez ações civis públicas movidas pelo MP-TO (Ministério Público de Tocantins).

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