Sindicato debate assédio moral e sexual nos bancos de ST

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Publicado às 05h18 desta sexta-feira (21)

Entre os dias 17 e 21 de julho, a Caravana dos Bancários no Interior estará presente em cinco municípios do Sertão de Pernambuco. Nesta edição, o foco dos debates junto aos bancários e à população será a precarização das condições de trabalho, o assédio moral nos bancos e o adoecimento da categoria.

No roteiro, a primeira cidade que recebeu o grupo composto por 25 dirigentes foi Araraipina. A agenda seguiu ao longo da semana com visita aos bancos e atos públicos em Ouricuri,  Salgueiro, ontem (quinta-feira) em Serra Talhada e nesta sexta-feira em Arcoverde.

Além do diálogo com a base, o Sindicato articulou a realização de audiências públicas nas Câmaras de Vereadores de Ouricuri e Serra Talhada para tratar sobre os impactos sociais do assédio e do adoecimento dos bancários.

“Observamos um crescente adoecimento mental e físico dos trabalhadores bancários, o que demanda uma ação urgente e efetiva dos bancos para combater essa problemática. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco tem se empenhado em promover uma ampla campanha de enfrentamento ao assédio moral, tanto nos bancos privados como nos públicos, com o objetivo de encorajar denúncias por parte da categoria e conscientizar a população sobre os impactos sociais causados por essa prática abusiva”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Fabiano Moura.

Dados fornecidos pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, compilados pelo Dieese, revelam que de 2012 a 2021, mais de 42 mil bancários receberam benefício acidentário do INSS e outros 156 mil foram afastados por doença comum, sendo que em mais da metade dos casos há relação direta com o trabalho nos bancos. Em Pernambuco, somente no ano de 2022, nosso Sindicato emitiu 467 Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs). Esses números são alarmantes e evidenciam a gravidade da situação.

“É muito preocupante que esses trabalhadores, já afetados por doenças decorrentes de sua atividade de trabalho, se tornem ainda alvos de demissões ou descomissionamentos. As consequências desse quadro são o adoecimento generalizado da categoria, o afastamento de trabalhadores de seus postos, bem como impactos significativos para toda a população, como o esvaziamento de agências, a deterioração do atendimento, o aumento da concessão de auxílio-doença pelo INSS e a perda de potencial produtivo”, alerta Fabiano Moura.