Do Folhape – Atualizado às 13h22

Foto: Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

Desde a última sexta-feira (27), 79 pessoas morreram em quedas de barreiras e desastres relacionados com a chuva em Pernambuco, segundo balanço oficial do Governo do Estado. A informação foi repassada pelo governador Paulo Câmara em coletiva de imprensa, na sede da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), no bairro de Santo Amaro, Centro do Recife.

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Quando somado às mortes registradas ao longo da semana passada, o número de vítimas chega a 84, mas esse total ainda não foi contabilizado oficialmente.

“São números altos. A solidariedade tem que persistir em todos nós. E vamos continuar efetivamente o trabalho até a identificação e a liberação de todas as áreas onde ocorreram as chuvas”, afirmou o gestor.

De acordo com Câmara, os locais mais afetados pelas chuvas receberão um aporte financeiro do Estado. Vale citar que 14 municípios decretaram Situação de Emergência por conta das enchentes: Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, São José da Coroa Grande, Moreno, Nazaré da Mata, Macaparana, Cabo de Santo Agostinho, São Vicente Férrer, Paudalho, Paulista, Goiana, Timbaúba e Camaragibe.

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“Nossas equipes estão nas ruas. Temos 12 pontos críticos, trabalhados com bombeiros, forças armadas e defesa civil, além de bombeiros militares de outros. Vamos continuar até termos a identificação de todas as vítimas e a liberação das áreas afetadas pelas chuvas. Ao mesmo tempo, estamos em contato permanente com os municípios. Autorizei hoje a disponibilização de R$ 100 milhões para atendimento às vítimas das enchentes”, afirmou Paulo Câmara.

Para diminuir o tempo de espera no auxílio aos mais afetados pelas enchentes, o governador informou que foram antecipadas as nomeações de 92 bombeiros militares, já escalados para atuarem nas regiões mais afetadas. “Estamos em estado de alerta. Colocaremos as equipes em prontidão para dar respostas efetivas em caso de agravamento da situação”, completou.

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Atenção com Monte Verde

O tenente-coronel e secretário executivo de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe), Leonardo Rodrigues, explicou quais áreas foram mais atingidas no Estado. “Pernambuco foi afetado primeiro na Zona da Mata Norte. Tivemos uma precipitação histórica alta, com danos humanos e na infra-estrutura. A Região Metropolitana, pelo grau de vulnerabilidade, também foi muito afetada. Precipitações acima de 100 milímetros trazem preocupação e, quando se acumulam por mais dias, o risco geológico é potencializado. Ou seja, o risco de deslizamento de barreira aumenta. A Defesa Civil, diante do que a APAC alertou, avisou para que as ações fossem feitas de forma preventiva. A população recebeu o alerta, mas temos um cenário histórico por conta do porte causado na Região Metropolitana”, apontou.

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“As áreas de risco hoje estão concentradas em Monte Verde, entre as divisas de Recife e Jaboatão. Mas toda a região litorânea está com grau elevado de risco geológico. Inclusive, recebemos um alerta para que, diante do acumulado de chuvas nas áreas de morro, há um risco alto de deslizamento. A orientação é para as pessoas saírem dessas áreas, não esperando que o desastre aconteça”, completou.