Suspeito de crimes sexuais, pastor Davi Passamani é solto pela Justiça
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Por Metrópoles

Suspeito de crimes sexuais contra fiéis da igreja que comandava, na capital goiana, o pastor Davi Passamani foi solto após 20 dias na prisão. A Justiça de Goiás aceitou um pedido de habeas corpus da defesa do líder religioso e determinou a soltura seguindo restrições, como o uso de tornozeleira eletrônica.

De acordo com a Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP), liberado do presídio, ele faz uso do objeto de monitoramento. Davi teve a prisão decidida no último dia 4 de abril. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o pastor representaria risco às mulheres.

Receba as manchetes do Farol de Notícias em primeira mão pelo WhatsApp (clique aqui)

Em nota, a defesa informou que o Tribunal entendeu não haver motivos legais para manter a prisão preventiva e, por isso, ela foi revogada.

Conforme o advogado Luiz Inácio Medeiros Barbosa, foram estabelecidas outras medidas cautelares, consideradas suficientes para garantir o bom andamento do processo penal, que corre em sigilo, até a sentença ser proferida.

Veja também:   Alec Baldwin mata diretora de fotografia em gravação

O pastor é o fundador da Igreja Casa, em Goiânia. Ele renunciou ao cargo de presidente e líder religioso em dezembro de 2023, após ser denunciado por importunação sexual por uma fiel.

Risco às mulheres

O pastor foi preso na noite do dia 4 de abril, quando chegava para participar de um louvor em uma outra igreja na capital goiana. Segundo a Polícia Civil, era por meio da atividade religiosa que o líder cometia os crimes.

Ele começou a ser investigado após duas mulheres que frequentavam a Igreja Casa denunciarem crimes sexuais da época em que ele ainda presidia o local.

Os principais fatos de Serra Talhada e região no Farol de Notícias pelo Instagram (clique aqui)

Segundo a delegada Amanda Menucci, o religioso se aproveitava de mulheres vulneráveis emocionalmente e usava até versículos bíblicos para se aproximar das vítimas. De acordo com a investigadora, o pastor se valia da religião e do estado de fragilidade das mulheres para a abordagem.

Veja também:   Pedreiro é espancado em bar de Serra Talhada próximo ao cemitério

Uma das denúncias ocorreu em dezembro de 2023, e prints mostram o conteúdo da conversa. Segundo a vítima, o pastor mandou uma mensagem de texto perguntando se ela estava bem e, quando ela respondeu que sim, ele passou a fazer perguntas sobre o relacionamento dela.

Em determinado momento, ao descobrir que a mulher estava solteira, ele passou a narrar uma fantasia erótica que havia imaginado com ela. Na sequência, ligou por chamada de vídeo e mostrou o pênis, conforme narrado pela mulher na ocorrência policial. Depois, desligou a câmera e, apenas por áudio, passou a se masturbar.

Histórico de denúncias contra Passamani

Além do caso de 2023, em março de 2020, uma jovem de 20 anos usou as redes sociais para denunciar o pastor por importunação sexual. A denúncia foi formalizada na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia, que apurou o relato e encaminhou o inquérito ao Ministério Público.

De acordo com a jovem, o assédio teria ocorrido pouco mais de um ano antes da denúncia, mas ela justificou que teve medo e insegurança em expor a situação. Nas postagens em perfil no X (antigo Twitter), ela garantia ter provas da queixa, como áudios, mensagens de texto e até vídeo de uma chamada que o pastor teria feito com ela.