Do JC Online

Frank James, de 62 anos, suspeito do ataque a tiros no metrô de Nova York foi preso nesta quarta-feira (13), segundo a imprensa.

Segundo o último balanço do tiroteio, que não está sendo investigado como um ato terrorista, 10 pessoas ficaram feridas à bala e outras 13 por inalar fumaça ou no empurra-empurra durante a fuga.

Armado com uma pistola, o suspeito colocou uma máscara de gás enquanto o trem entrava na estação. Depois, acionou duas granadas de fumaça e realizou 33 disparos, segundo o chefe de polícia de Nova York, James Essig. A polícia encontrou uma pistola Glock 17 de calibre 9 mm, três carregadores de munições adicionais e um machado. Seu cartão de crédito e as chaves da van que ele havia alugado na Filadélfia foram encontrados no local do ataque.

“O que se viu foi uma bomba de fumaça preta explodindo e depois… as pessoas indo para a parte de trás [do vagão]”, disse à CNN uma das vítimas do tiroteio, Hourari Benkada, ao descrever o momento em que os passageiros começaram a fugir, correndo para o fundo da composição.

Benkada contou que embarcou no primeiro vagão, na Rua 59, e se sentou ao lado do atirador. Como estava com fones de ouvido, não percebeu nada até o vagão começar a se encher de fumaça.

“Fui empurrado e foi quando levei um tiro na parte de trás do joelho”, acrescentou.

James já havia postado vários vídeos no YouTube, nos quais aparece fazendo longos, e às vezes agressivos, comentários políticos, incluindo críticas ao prefeito Adams, um ex-capitão da polícia que defende mão dura nas ações de segurança na maior cidade do país.

– ‘No meu DNA’ –

Um dia depois do incidente, alguns usuários do metrô, no entanto, se mostraram corajosos e afirmam que não vão deixar de utilizar o sistema.

“Ninguém vai me fazer desistir do metrô. O metrô está no meu DNA e me sinto mais comprometido do que nunca com Nova York e com o metrô”, declarou à AFP Dennis Sughrue, de 56 anos, ao sair da maior estação da cidade, a Grand Central Station, que conecta o sistema de metrô com as ferrovias.

Nova York registra este ano um aumento dos tiroteios e uma retomada dos crimes violentos. Até o dia 3 de abril, os incidentes com armas subiram para 296, enquanto, no mesmo período do ano passado, foram registrados 260, segundo as estatísticas da polícia.

Leis brandas sobre armas e o direito constitucional de portar armamento têm frustrado repetidamente as tentativas de reduzir o número de armas em circulação no país, apesar de a maioria da população americana ser favorável a controles mais rígidos.