Do Folha de S. Paulo

 

 

A União Europeia (UE) avalia o corte total do fornecimento de gás da Rússia como um cenário possível, afirmou nesta quarta (20) a presidente do Executivo do bloco, Ursula von der Leyen.

A fala veio após a Comissão Europeia propor aos países-membros que adotem a meta voluntária de corte de 15% da demanda doméstica por gás natural, com o objetivo final de diminuir a dependência de Moscou.

A sugestão integra um pacote lançado pela Comissão para pensar nas dificuldades que serão enfrentadas no inverno no Hemisfério Norte, e todos os cidadãos estão sendo convidados a poupar gás nas próximas semanas.

“A Rússia está nos chantageando, usando a energia como arma”, disse a alemã durante entrevista coletiva. “Seja um corte parcial ou um corte total do gás russo: a Europa precisa estar pronta.”

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Pouco depois, em sua conta oficial no Twitter, ela pediu que as nações que integram o bloco demonstrem unidade. “Temos de pensar na nossa segurança energética; aprendemos com a pandemia que, se agirmos em unidade, podemos enfrentar qualquer crise”, escreveu.

O holandês Frans Timmermans, que lidera assuntos de clima na Comissão, pediu que os cidadãos diferenciem quais gastos de energia são realmente necessários e quais são apenas confortáveis. “Com cortes gerenciados e abrindo mão de alguns confortos, podemos evitar uma crise total neste inverno.”

Dados de abril do Eurostat, o gabinete de estatísticas da UE, mostravam que mais de 48% do gás natural do bloco era importado da Rússia. Na sequência estavam Noruega (18%) e Argélia (13%).

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