Uma equipe de pesquisadores de Israel avaliou a resposta de uma nova vacina em pacientes humanos e fizeram testes em macacos rehsus em cinco países: Ruanda, África do Sul, Tailândia, Uganda e Estados Unidos. No caso dos pacientes voluntários, a aplicação levou a “respostas imunes robustas” contra o vírus. Os resultados foram publicados na revistas “The Lancet”.
A vacina é um “mosaico”. É uma colcha de retalhos com sequências genéticas encontradas em diferentes cepas do HIV. No caso dos humanos, a equipe liderada pelo pesquisador Dan H. Barouch fez a aplicação de uma dose padrão em 393 pessoas saudáveis – a ideia era testar a segurança, a tolerância e a capacidade de desencadear respostas imunológicas.
“Este estudo demonstra que esse mosaico candidato a vacina induziu respostas imunes robustas e comparáveis em humanos e também macacos”, disse Barouch, que também é professor da Faculdade de Medicina de Harvard.
A mesma vacina foi testada em macacos rehsus. Eles foram infectados após o uso da vacina, e apresentaram 67% de proteção contra o HIV. De acordo com os especialistas, esta é a 5ª ideia de vacina que é testada quanto à eficácia em humanos, em 35 anos de história do vírus. Resultados mais conclusivos devem ser apresentados em 2021 ou 2022, avaliam os autores.
Vacina do NIAID
No início de junho, a revista “Nature Medicine” trouxe outra vacina experimental contra HIV desenvolvida pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID), nos Estados Unidos, capaz de neutralizar dezenas de variedades do vírus.
Baseada na estrutura de um local vulnerável no HIV, a vacina induziu a produção de anticorpos em camundongos, porquinhos-da-índia e macacos, que neutralizaram dezenas de variedades de HIV de todo o mundo.
Um estudo preliminar em humanos já está previsto para começar no segundo semestre de 2019.
Além disso, uma outra vacina está sendo testada com 2,6 mil mulheres do sul africano. O teste usa uma combinação de duas vacinas desenvolvidas pela Johnson & Johnson com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês) e a Fundação Bill & Melinda Gates. O estudo tem duração de três anos.