Fotos: Farol de Notícias/Max Rodrigues

Publicado às 05h15 deste domingo (2)

Por Clayson Cabral, especial para o Farol

Geraldo Bastos de Medeiros, 60 anos, ou simplesmente ‘Pedrinho Vaqueiro’, já se aposentou das duras disputas nas vaquejadas, mas a sua paixão pelo esporte acabou se transformando em meio de sobrevivência.

Há 20 anos montou uma Selaria- local de vendas para produtos de vaquejadas e artefatos para vaqueiros – na Rua Cirilo Xavier, bem no Centro de Serra Talhada, e faz muito sucesso. Em conversa com a reportagem do Farol, o ‘vaqueiro apaixonado’ abriu o coração e justificou o comércio único na cidade.

“Antes comecei trabalhando como vaqueiro, depois fui vendendo acessórios e selas, peitoral de campo e depois veio as botas e outros produtos, então resolvi colocar essa loja que já tem uns 20 anos”, disse Pedrinho.

Pedrinho Vaqueiro, devido a sua idade, já não permite pegar mais no rabo do boi apenas vende os produtos de sua loja, mas diz que participou de 40 vaquejadas ao longo da vida justificando seu ‘nome de guerra’.

VARIEDADES

O comercio na Rua Cirilo Xavier é bastante diversificado, um acervo que vai de botas de vários tipos e tamanhos, sandálias xô boi tanto para adulto como para crianças, bonés, chapéus de cangaceiro, garrafas de pé do boi, bolsas, cintos e gibão e as selas, é claro.

Alguns dos produtos como gibões e cartucheiras são confeccionadas no município de Cabaceiras, na Paraíba, através das cooperativas e as selas vem diretamente do município de Cachoeirinha PE. Apenas algumas sandálias de rabicho são produzidas no bairro da Cohab em Serra Talhada.

“A clientela são mais moradores daqui mesmo e da região de Triunfo, Santa Cruz da Baixa Verde, Flores e também da Paraíba. As vendas andam meio devagar e a gente tem que ficar “aventurando”, mas quando sai alguma coisa em média o lucro é de R$ 1 mil a R$ 2 mil por que são produtos de qualidade, de luxo, mas tem dia que é devagar só dá mesmo pra pagar as contas”, afirmou.