Do g1

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A cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, disse nesta sexta-feira (3) que a variante ômicron do coronavírus é “muito transmissível”.

Ela ponderou, no entanto, que as pessoas “não devem entrar em pânico” e que o mundo está melhor preparado com as vacinas desenvolvidas desde o início da pandemia.

“Até que ponto devemos ficar preocupados? Precisamos estar preparados e cautelosos, não entrar em pânico, porque estamos em uma situação diferente de um ano atrás”, disse a cientista.

Swaminathan conversou com jornalistas durante uma conferência organizada pela agência de notícias Reuters, e disse também que ainda é cedo para dizer se as vacinas precisarão ser modificadas.

Em Genebra, um porta-voz da OMS disse, também nesta sexta, que não há registro de mortes ligadas à variante (leia mais adiante nesta reportagem).

A OMS pediu aos países que aumentem a capacidade de seus serviços de saúde e vacinem sua população para combater o aumento de casos provocados ​​pela variante ômicron.

A agência de Saúde da ONU disse também que as restrições às viagens podem ganhar tempo, mas que por si só não são a resposta.

“A [variante] delta é responsável por 99% das infecções em todo o mundo”, disse Swaminathan. “Ela teria que ser mais transmissível para competir e se tornar dominante em todo o mundo. É possível, mas difícil de prever.”

Sem mortes vinculadas à variante
Também nesta sexta, um porta-voz da OMS disse jornalistas que a organização não tem, até o momento, o registro de nenhuma morte vinculada à variante ômicron do coronavírus.

“Não vi nenhuma informação sobre mortes vinculadas com ômicron”, disse Christian Lindmeier.
Ele reconheceu, no entanto, que ainda é cedo para tirar conclusões e que muitos países aumentaram a realização de testes para detectar a presença dessa nova variante.

“Com certeza teremos mais casos, mais informações, e, tomara que não, possivelmente falecidos”, disse Lindmeier.
A nova variante, considerada preocupante pela OMS, foi registrada pela primeira vez no sul da África, mas já foram anunciados casos em quase 30 países de todos os continentes.

Entre os casos há contágios vinculados a viagens para o continente africano, mas também casos de transmissão local.