Foto: Arquivo/ Farol de Notícias
Por PronaTEC de Notícias
Desde já, é importante dizer que o programa Desenrola Brasil conta com três públicos-alvo. O processo de participação, nesse sentido, é diferente para cada um deles.
Parece complexo, certo? Bem, para deixar as coisas mais fáceis, mostramos a tabela completa com todas as três faixas do programa. Desse modo, você poderá entender, em termos práticos, como participar de cada uma delas:
- Faixa 1: Vale para os brasileiros que têm renda mensal de até 2 salários mínimos, e que possuem inscrição ativa e atualizada no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal. Nessa faixa, os devedores podem renegociar dívidas de até R$ 5 mil contraídas entre 1 de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022. As dívidas serão negociadas por meio de uma plataforma digital própria, na qual os bancos vão “comprar” os débitos em uma espécie de leilão. De acordo com notas oficiais do Governo, a plataforma deve ser lançada a partir de setembro.
- Faixa 2: É voltada para os brasileiros que têm renda mensal entre 2 salários mínimos e R$ 20 mil, e que contraíram dívidas até o dia 31 de dezembro de 2022. Nesse caso, a renegociação é feita nos canais oficiais de atendimento das instituições bancárias credoras.
- Faixa Especial: Engloba os brasileiros que tiveram o CPF negativado por dívidas de até R$ 100. Nesse caso, o nome dos devedores é limpo de maneira automática. Até o último dia 28, todas as instituições bancárias participantes tiraram o nome dos clientes que foram negativados por dívidas de até R$ 100 dos cadastros de maus-pagadores dos birôs de crédito.
Atenção! Nesse último caso, o nome dos usuários é limpo, mas a dívida em si não deixa de existir. Falaremos mais sobre o assunto abaixo.
Quais dívidas não é possível negociar no Desenrola?
De antemão, devemos citar que alguns tipos de dívidas não podem ser negociados no Desenrola! Na Faixa 1, por exemplo, os participantes não podem pagar débitos com garantias reais, dívidas relacionadas a operações de crédito rural, financiamento imobiliário e operações com funding ou risco de terceiros.
Já na Faixa 2, o rol de dívidas que não podem ser negociadas é ainda mais abrangente. Abaixo, você pode conferir a lista completa:
- Dívidas de crédito rural;
- Débitos com garantia da União ou de entidade pública
- Dívidas que não tenham o risco de crédito integralmente assumido pelos agentes financeiros;
- Dívidas com qualquer tipo de previsão de aporte de recursos públicos;
- Débitos com qualquer equalização de taxa de juros por parte da União;
- Dívidas não bancárias (com lojas de atacado e varejo);
- Dívidas de serviço (como contas de água e luz).
Débitos de até R$ 100 são perdoad0s?
Não! É muito importante esclarecer que, apesar do nome dos brasileiros que devem até R$ 100 já ter sido retirado dos cadastros de maus-pagadores dos birôs de crédito, as dívidas propriamente ditas continuam existindo.
Em outras palavras, as empresas credoras poderão continuar cobrando os débitos. Mas, nesse caso, os devedores não ficarão mais com o nome sujo.
Ou seja: mesmo com a dívida ainda ativa, os brasileiros poderão voltar a fazer compras parceladas, solicitar empréstimos e linhas de crédito, e até mesmo participar de programas de financiamento imobiliário.
Antes de quitar as dívidas, tome cuidado com os golpes do Desenrola!
Por último, devemos ressaltar que, para quem deseja quitar dívidas com o Desenrola, o processo de renegociação deve ser realizado EXCLUSIVAMENTE nos canais oficiais de atendimento das instituições bancárias e do Governo Federal.
No site oficial do Desenrola, os representantes da União deixam bem claro que, em meio ao sucesso da iniciativa, criminosos têm se aproveitado do interesse da população para aplicar diversos golpes.
“O Governo Federal, por meio do Ministério da Fazenda (MF), está alertando cidadãos para que não caiam em golpes quando forem renegociar dívidas com os bancos com os benefícios garantidos pelo programa Desenrola Brasil. A orientação oficial é falar diretamente com o banco onde está a dívida — e apenas com esse banco, nunca com terceiros —, utilizando exclusivamente os canais oficiais das instituições financeiras ou buscando atendimento diretamente nas agências”, diz uma nota oficial do Governo.