coloniaOs presidentes Nicolás Maduro, da Venezuela, e Juan Manuel Santos, da Colômbia, anunciaram nesta quinta-feira (11) um acordo para reabrir a passagem de pedestres na fronteira, que permaneceu fechada por um ano, a partir do próximo sábado.

“O que vamos fazer é abrir a fronteira de forma gradual”, disse Santos na cidade venezuelana de Puerto Ordaz. “Será uma abertura transitória enquanto vamos aprendendo e adequando as decisões para que cada passo dado seja certeiro, positivo”, acrescentou. Na primeira etapa, a partir de sábado, apenas pedestres poderão fazer a travessia. Serão cinco pontos de passagem ao longo dos 2.200 quilômetros de fronteira, em operação das 8h às 20h.

Maduro ressaltou que se trata de uma “primeira fase de abertura”, e prometeu “fazer todo o possível” para criar as condições de uma “nova fronteira de paz”. A zona limítrofe foi fechada em 19 de agosto de 2015 por ordem de Maduro, devido a um ataque armado contra uma patrulha militar venezuelana atribuído a grupos paramilitares colombianos.

No mês passado, a Venezuela abriu temporariamente a passagem entre os dois países para que os cidadãos pudessem fazer compras de necessidade básica. Em poucas horas, mais de 35.000 venezuelanos cruzaram a fronteira para comprar alimentos e medicamentos.

O presidente colombiano disse que a prioridade será a segurança e anunciou uma troca de informação aduaneira para enfrentar o contrabando de combustível, um dos motivos apresentados por Maduro para o fechamento. Maduro fala em “um novo começo das relações econômicas e comerciais”, assinalando que já estão definidas as “fórmulas para reativar” essa questão.

Os presidentes anunciaram estas medidas após avaliar um relatório que suas equipes apresentaram, depois de se reunirem em 14 oportunidades antes do encontro de hoje. Em uma reunião de chanceleres na semana passada em Caracas, ficou resolvida a criação de uma cédula de identidade especial para os residentes da fronteira, assim como um aumento no controle de segurança.

O fechamento da fronteira estremeceu as relações bilaterais, após a deportação e êxodo de milhares de colombianos por parte das autoridades venezuelanas.

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