A bancada de oposição na Câmara de Vereadores de Serra Talhada protestou, nessa segunda-feira (28), contra a tramitação do Projeto de Lei 012/2017 enviado pelo prefeito Luciano Duque (PT) que abre crédito adicional para a Fundação Cultural de Serra Talhada (FCST), criada após a extinção da Secretaria de Cultura.

A revolta dos parlamentares tem dois eixos. O primeiro é por conta de uma rubrica que destina R$ 100 mil para a Fundação Cultural Cabras de Lampião, que é coordenada pelo secretário Anildomá Souza (Domá). Em contraponto, foi destinado apenas R$ 20 mil para dividir com todos os artistas de Serra Talhada.

O outro ponto, é que não há nenhuma verba destinada para a banda Filarmônica Vilabelense, que há cinco meses não recebe salários.

“A gente pede que este projeto seja retirado de pauta. Estão colocando R$ 43 mil para um Natal na Serra, nunca vi isso. E mais R$ 37 mil para o teatro. Mas para o seguimento evangélico não tem nada. Vão deixar 12 mil pessoas de fora?”, questionou o vereador André Maio (PRB)>

Já o líder da Oposição, Antonio de Antenor (PR), disse que era ‘estranho’ destinar R$ 100 mil para os Cabras de Lampião e esquecer a Filarmônica. “É uma injustiça com uma banda centenária que não é valorizada. Esse tipo de projeto deixa a gente com uma ‘pulga atrás da orelha’, disse Antenor.

DEFESA

Quem assumiu a defesa do projeto, brigando pela sua aprovação, foi o próprio presidente da Câmara, Nailson Gomes (PTC), que disse não ser possível ser feito nada, uma vez que o projeto nada mais é do que o orçamento de 2017 aprovado no ano passado.

“A gente não está criando nada novo. Foi o orçamento aprovado no ano passado que não pode ser alterado”, disse Gomes. No final, o projeto foi aprovado por 10 votos a 4. Votaram contra os vereadores Antonio de Antenor, André Maio, Dedinha Inácio e André Maio.