No mês passado, aqui neste FAROL, editamos uma denúncia de um vereador da cidade de Triunfo, no Sertão do Pajeú, que culpava a prefeitura por destruir a memória arquitetônica da cidade. Na prática, o parlamentar estava lutando para manter vivo o passado para que lições fossem tiradas para o futuro.
Mas em Serra Talhada tudo é muito diferente. Não temos uma lei que proteja sequer as fachadas dos prédios públicos. Quantos aos poucos imóveis que ainda resistem em manter as cores e arquitetura do passado…ora, estes podem ser destruídos a qualquer momento e ninguém vai reagir.
O exemplo é a Praça Sérgio Magalhães, o nosso principal ponto de encontro. Nesta foto, dos anos 70, a praça ainda guarda algumas fachadas. Como esquecer, por exemplo, do Abrigo de Zé Barros? Este imóvel bem no meio da praça que era um ponto de encontro da época. Não se trata de saudosismo, mas de preservação da memória. A praça, que não passa por uma reforma desde os anos 60, está decadente. Por outro lado, são poucos os imóveis que ainda mantém suas fachadas preservadas. Sem lei de proteção, a cidade caminha na direção de sepultar o seu passado. E ninguém reage.
5 comentários em VIAGEM AO PASSADO: A memória de Serra Talhada se apaga a cada dia e poucos reagem