Do Folhape

Foto: Reprodução

O empresário Roberto Bortolucci da Silva, 38, ao ver a movimentação e o barulho do grupo criminoso que atacou agências bancárias em Araçatuba, no início da madrugada desta segunda-feira (30), pegou seu smartphone para tentar fazer uma live, mas foi atingido por tiros disparados pelos assaltantes.

Ele foi um dos dois moradores da cidade mortos durante o ataque da quadrilha. Um criminoso também morreu e há ao menos quatro pessoas internadas na Santa Casa de Araçatuba, uma das quais perdeu os dois pés e os dedos das mãos na explosão de bombas.

Os criminosos invadiram Araçatuba para explodir três agências bancárias e espalharam terror, fazendo moradores reféns, explodindo bombas e ateando fogo em veículos na fuga. A quadrilha deixou explosivos espalhados em 20 pontos da cidade e monitorou toda a ação com drones.

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De acordo com a polícia, a outra pessoa que morreu foi Marcio Victor Possa da Silva, 34, que trabalhava entregando comida no momento em que o ataque aos bancos acontecia. Ao passar pela região central da cidade, ele foi atingido por tiros disparados pelos criminosos.

Já o assaltante morto, cujo nome não foi revelado pela Polícia Militar, foi encontrado dentro de um dos veículos utilizados pela quadrilha na fuga, no bairro Engenheiro Taveira, zona rural do município.

Há quatro feridos internados na Santa Casa, três deles intubados.
Um homem de 25 anos sofreu amputações nos dois pés, depois de uma bomba caseira produzida pelos criminosos explodir. Ele foi encaminhado ao centro cirúrgico para ser submetido a um procedimento de ortopedia.

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A vítima confundiu o explosivo com um telefone celular, segundo a assessoria da Santa Casa. Ele, que não teve o nome revelado, passava de bicicleta por uma rua do centro quando viu o objeto na calçada e chegou perto, pensando ser um smartphone. Ao tocar, a bomba explodiu.

“O paciente passou por cirurgia das áreas atingidas pela amputação traumática (os dois pés e cortes profundos nas pontas de todos os dedos das mãos). Com a recuperação da cirurgia, não houve necessidade de amputação dos dedos. Já está consciente e relatou que pensou que o artefato era um celular”, diz o hospital em nota. O ciclista segue internado, sem previsão de alta.

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Até o início da noite, agentes do Gate ainda trabalhavam no desarme dos cerca de 40 artefatos explosivos instalados em 20 pontos diferentes do centro. Toda a área foi isolada pela polícia.

Um homem de 38 anos, que foi baleado nas pernas, braços e cabeça (de raspão), também passa por cirurgia. Intubado, apresenta quadro clínico grave e estava com ferimentos no ombro e braço e estava com uma artéria rompida.

Os outros dois feridos são dois homens, de 28 anos (baleado no abdome) e de 31 anos (atingido por tiros no rosto e nos braços, que está intubado). Os nomes não foram divulgados pelo hospital.