Publicado às 18h desta terça (6)

O presidente municipal do Psol, Ari Amorim, desabafou durante entrevista ao Programa do Farol, na TV Farol no YouTube, no último sábado (3) dizendo-se preocupado. Ele confessou que percebeu que a aliada Márcia Conrado (PT) estaria repetindo erros de prefeitos anteriores. Como exemplo, citou o ex-prefeito já falecido Geni Pereira (2000-2004), que é primo de Márcia.

Ari disse que o Psol vem tentando um espaço no governo há praticamente 2 anos. E até agora só escutou da prefeita a frase: “vamos ver, vamos ver…”. Enquanto isso, o Psol se diz magoado e triste diante o escanteio que o partido vivencia. Por outro lado, bolsonaristas que viviam atacando duramente Márcia nos bastidores – segundo Amorim – estão ocupando cargos de destaque na Prefeitura de Serra Talhada [saiba mais detalhes].

“Essa é a realidade… Conversamos com algumas pessoas da prefeita, como Célio Antunes, alguns vereadores, com Sinézio [Rodrigues], com Cleonice, com a própria prefeita [Márcia que só disse] vamos ver, vamos ver… Eu fico preocupado com o ‘vamos ver’, porque nosso querido e amado [ex-prefeito] Geni dizia muito isso: ‘Vamos ver’… E se a gente não tiver cuidado a gente não vê é nada… Já se vão quase 2 anos. Diga-se de passagem, eu procurei também Luciano [Duque], que sempre foi esse articulador de primeira, um articulador político, um articulador capaz e ele orientou: ‘Faça assim, faça um ofício…’ E a gente fez tudo nos conformes”, disse Ari Amorim, desabafando:

“A prefeita [Márcia] nos atendeu excelentemente não tenho nada a reclamar da educação, da capacidade de comunicação dela… Mas nós temos que ter essa outra lógica, que é da reflexão do debate, do bom debate. A gente não está enciumado porque botaram bolsonaristas [em cargos de gestão], mas entre os aliados e àqueles que chegam depois de terem desgastado tanto, a gente sente mágoa com isso, sente tristeza com isso, senão vai chegar o tempo, que quando for 2024 aí vem: Psol pra cá, vem Psol pra cá… E aí óbvio o Psol não tem como ir, não tem nem cara para ir [firmar aliança] e não tem dificuldade em ter uma candidatura própria [em 2024]. Não estou dizendo que vai ter, mas é possível que tenha diante uma conjuntura dessas.”

VEJA ESSE TRECHO DA ENTREVISTA DE ARI AMORIM NA TV FAROL