Apoiadores xingam Bolsonaro após live de despedida

Do Diario do Centro do Mundo

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) se desesperaram após a live de despedida do presidente, nesta sexta-feira (30). Parte dos bolsonaristas acompanhou a transmissão em frente ao Palácio da Alvorada e deixou o local após o discurso.

Os apoiadores chamam Bolsonaro de covarde e frouxo por desistir faltando dois dias para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O presidente é frouxo gente. Pelo rumo da conversa, ele nos abandonou”, disse um bolsonarista em um grupo de WhatsApp.

No acampamento montado na porta do quartel-general do Exército, em Brasília, alguns manifestantes afirmaram que o presidente não pediu para que o grupo voltasse para casa e disseram que continuarão mobilizados enquanto os militares deixarem. “Só saimos se Jair mandar”, publicou um apoiador no Twitter.

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Outros, porém, criticaram a decisão de Bolsonaro e xingaram o atual mandatário. Foram ouvidos gritos de palavrões, como “filho da puta”.

O áudio da live do presidente foi reproduzido no QG em grandes caixas de som. Parte do grupo também acompanhou pelo celular. Alguns choraram, se abraçaram e fizeram orações. Ao final, apoiadores se revezaram em um palco improvisado para discursar.

Bolsonaristas também comentaram na live e imploraram para que Bolsonaro não deixe a “missão”. “Se nada acontecer, a última esperança acabou. Não existirá alguém com peito e dando a vida como você fez. Não faça isso presidente”, escreveu uma pessoa. “Gente não é possível que o presidente vai permitir isso. Fomos roubados na cara dura”, disse outra.

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O lutador de MMA, Wanderlei Silva, apoiador de Bolsonaro, se irritou com o presidente durante a live e questionou porque ele demorou para avisar que não faria nada: “Se não vai fazer nada porque não disse isso logo após as eleições?”

Durante a live, Bolsonaro condenou a tentativa de ato terrorista em Brasília, criticou a montagem do governo Lula (PT), repetiu o discurso de que é perseguido, e defendeu os atos golpistas no país.

“É um governo que começa capenga”, disse ele sobre a gestão petista que se inicia no domingo (1º). “Não tem tudo ou nada. Inteligência. Vamos mostrar que somos diferentes.”

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“O Brasil não sucumbirá, acreditem em vocês”, afirmou o presidente. “Perde-se batalha, mas não perderemos a guerra.”