Do Diario de Pernambuco 

A chegada do democrata Joe Biden à Casa Branca recuperou o prestígio internacional dos Estados Unidos, prejudicado por seu antecessor republicano Donald Trump, mas a imagem da democracia americana continua deteriorada, segundo uma pesquisa publicada nesta quinta-feira (10).

Enquanto Biden estreia suas viagens ao exterior com uma viagem pela Europa (G7-OTAN-UE) com o objetivo de fortalecer os laços transatlânticos, a pesquisa do centro de pesquisas Pew mostra que os Estados Unidos recuperaram uma imagem positiva em algumas partes do mundo.
De acordo com Pew, cuja pesquisa inclui o Canadá e também 15 países da Europa, Ásia e Pacífico, 62% dos entrevistados têm uma “imagem favorável” dos Estados Unidos em 2021, em comparação com apenas 34% no final do período do magnata, promotor de uma política isolacionista.
Em 12 dos países pesquisados este ano e em 2020, uma média de 75% expressam confiança em Biden, contra 17% em Trump no ano passado.
Além disso, 77% acreditam que Biden está “qualificado” para ser presidente, contra 16% de seu antecessor.
Eleito pelo seu discurso multilateralista, o presidente dos Estados Unidos é especialmente elogiado por ter reincorporado seu país à Organização Mundial da Saúde (89% de aprovação) e ao Acordo de Paris contra as mudanças climáticas (85%).
Apesar disso, a maioria dos questionados avalia que os Estados Unidos priorizam seus interesses em relação aos de seus aliados na política externa (67%).
Por outro lado, a imagem da democracia americana se deteriorou após o mandato de Trump, o triunfo de Biden questionado pelos republicanos e o ataque dos apoiadores de Trump contra o Capitólio em 6 de janeiro.
Apenas 17% dos entrevistados acreditam que a democracia nos Estados Unidos é um bom exemplo a ser seguido, enquanto 57% acreditam que costumava ser, mas não tem sido nos últimos anos.
E em quase metade dos países pesquisados, aqueles com menos de 30 anos têm maior probabilidade de pensar que os Estados Unidos “nunca” foram um bom modelo para outras nações.
Pew conduziu a pesquisa entre março e maio, entrevistando 16.254 pessoas em 12 a 16 países (Canadá, Bélgica, França, Alemanha, Grécia, Itália, Holanda, Espanha, Suécia, Reino Unido, Austrália, Japão, Nova Zelândia, Cingapura, Coreia do Sul e Taiwan).