Do G1 PE

Um casal compareceu ao Conselho Tutelar de Olinda, nesta quinta-feira (4), dizendo ser parente do bebê encontrado por um ambulante dentro de uma sacola na rua, no Sítio Histórico da cidade. De acordo com a coordenadora geral do órgão, Cláudia Moura, será feita uma investigação para saber se, de fato, o homem e a mulher têm parentesco com o menino

A criança foi encontrada na Rua de São Francisco, na esquina da Rua Bispo Coutinho, no bairro do Carmo, e está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Tricentenário, para onde foi levado pelo ambulante que o encontrou.

O casal que foi ao Conselho Tutelar disse que faz parte da família paterna da criança. Em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os nomes deles não serão divulgados. A mulher informou que é sobrinha do pai do menino.

“Uma amiga da mãe do bebê disse que ela era a mãe da criança e que tinha abandonado o menino. Eu soube pela minha avó, que contou que o meu tio era o pai. Não conheço muito a mãe, mas soube que ela é usuária de drogas e que tinha problemas com bebidas alcoólicas”, afirmou a mulher que se diz prima do bebê.

“Eles não estavam juntos. Ele só a engravidou e pronto. Se possível, quero adotar a criança, porque isso não se faz nem com um bicho. Eu sou casada há seis anos e tenho uma filha. Estava tentando engravidar há um tempo, mas não conseguia. Ele chegou na hora certa”, disse a mulher.

A coordenadora do Conselho Tutelar afirmou que a mãe do bebê ainda não foi localizada, mas que espera obter pistas através dos supostos primos.

Investigação

A Polícia Civil está investigando o caso, mas não repassou muitos detalhes sobre a ocorrência. A conselheira tutelar Cláudia Moura afirmou que a Justiça é quem vai decidir para onde o bebê será levado depois de receber alta hospitalar.

“Vamos encaminhar todas as oitivas para o Ministério Público. Existe um processo judicial aberto e, com isso, serão tomadas as medidas cabíveis. Se o bebê vai para a família, se solicita o exame para realmente comprovar que ele pertence a essa família, ou se vai para uma possível adoção. Então, a gente não tem como definir o encaminhamento. Esse é o papel da Justiça”, afirmou a conselheira.