
Com informações da repórter Dani Cardoso e fotos de Licca Lima
Após acompanhar, por anos, a troca de afagos entre a prefeita Márcia Conrado e o deputado estadual Luciano Duque, quem presenciou a posse da nova diretoria do Sintest (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Serra Talhada), confirmou o clima tenso entre as duas lideranças, especialmente, após o racha e a disputa eleitoral que se aproxima.
O Farol conferiu de perto a cerimônia, com início nesta tarde às 16h, no plenário da Câmara Municipal de Serra Talhada, que confirmou a posse de Veraluza Nogueira como presidente.
Além de Márcia e Luciano, o evento contou com a presença de vereadores da base governista e oposição.
O clima de tensão se confirmou desde o início do evento, quando Márcia e Luciano não se cumprimentaram na mesa de apresentação. Outro fato que chamou a atenção foi o anúncio do novo advogado do Sintest.
Jailson Araújo foi confirmado no cargo. Ele acabou de rachar com o governo Márcia após ter passado quase 3 anos no cargo de chefe de gabinete do governo municipal. Meses atrás ele anunciou que irá marchar no grupo de Duque após criticar que não estava tendo demandas atendidas dentro da gestão.
Com esta nova diretoria, grande parte da categoria acredita que o Sintest terá um caráter mais combativo em relação às demandas da Educação, em favor da melhoria das condições de trabalho de professores, auxiliares administrativos, de serviços gerais e auxiliares de creches.
MÁRCIA E LUCIANO: NOVO PISO E GOLPE
Em seu discurso, a prefeita Márcia Conrado evitou tocar em polêmicas e anunciou que irá enviar para Câmara de Vereadores, este ano, um novo aumento do piso da educação, com estimativa de elevação de 3%. Falando em seguida, a nova presidente Veraluza Nogueira questionou de pronto a prefeita, dizendo que 3% seria “muito pouco”. E que um próximo aumento para a categoria deveria orçar, no mínimo, cerca de 15%.
Convidado a discursar, o deputado Luciano Duque fez questão de tocar num ponto polêmico, dizendo que o Sintest passou por uma tentativa de golpe. Para quem não acompanhou o caso, houve um ensaio de judicialização da posse de Veraluza por parte de opositores [relembre aqui].
Em suas palavras, Duque chegou a comparar o caso de Veraluza com o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef. Apesar disso, o Ministério Público – que foi acionado pelos opositores – orientou para que o próprio Sintest ajuizasse seus problemas internos, mediante o cumprimento das diretrizes de seu estatuto. O ex-presidente Júnior Moraes não compareceu ao evento.
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