20160903143828760108oAlgumas histórias nunca serão esquecidas, não apenas pela impossibilidade de serem apagadas da memória, mas também pela importância da preservação de determinadas lembranças, sejam boas ou ruins. O holocausto judeu provocado pelo nazismo é um desses exemplos: quem sobreviveu a ele jamais esqueceu. É o caso da judia Nanette Konig, 87, que decidiu reavivar acontecimentos de mais de sete décadas atrás e organizá-los no recém-publicado livro Eu sobrevivi ao holocausto (Universo dos Livros, 192 páginas, R$ 39,90), lançado neste mês no Recife. Ela é ex-colega de Anne Frank, adolescente vítima do genocídio judeu cuja vivência retratada em um diário se tornou a memória dolorosa de um regime de barbárie.

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“Escrevo para que o holocausto não seja esquecido”, afirma Nanette. “Muitos sobreviventes preferem não falar, para evitar reviver os traumas. Mas é inevitável que as imagens voltem a qualquer momento. Em nome dos que morreram, é preciso lembrar sempre o que existiu”, diz, a respeito do sofrimento encarado durante a ascensão do nazismo na Europa, que não se restringiu à Alemanha. “Pensam que a Holanda era um paraíso, mas 80% da comunidade judaica de lá foi dizimada”, ressalta a autora sobre o país de origem. Foi lá que viu praticamente todos amigos e familiares serem mortos, direta ou indiretamente, pelo regime de Adolf Hitler. Os primeiros impactos foram sentidos por ela a partir de maio de 1940, quando a Holanda foi ocupada pelo exército alemão e iniciou a perseguição aos judeus do país.

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