A visibilidade negra em Serra Talhada está em alta em 2014, com programações variadas e repletas de debates voltados às questões raciais no município e região. A educação tem avançado na temática, partindo do respaldo da Lei 10.639/2003, que rege pela obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira no nível básico e superior. N conjuntura nacional do movimento negro, a Faculdade Integração do Sertão (FIS) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (Ufrpe/Uast) promoveram eventos acadêmicos para seus estudantes e pessoas das comunidades serratalhadense.
O babalorixá Herbet apresentou uma palestra no dia 20 de novembro, a convite da FIS, para que os acadêmicos da faculdade pudessem entender a relação da religião de matriz-africana no país, abordando também a intolerância religiosa e o racismo. Além das falas empoderadas de mulheres que se destacam nas discussões de gênero e raça/etnia na cidade, Elis Lopes – diretora de igualdade étnico-racial da Secretaria de Meio Ambiente e Igualdade Racial – e Mônica Cabral – Coordenadora da Secretaria da Mulher.
UAST
Na Uast, o II Encontro de Direitos Humanos, promovido pelo Núcleo de Direitos Humanos, ofertou para seus discentes dois minicursos durante o dia sobre literatura africana e afro-brasileira, e à noite palestras e rodas de diálogo sobre papel da mulher e do homem negro na sociedade e a formação das nações africanas após o colonialismo no continente.
Durante todo o dia houve venda de comidas típicas, exposição de artesanato e exposição de fotos de fotógrafos de Fortaleza, Recife, Triunfo e Serra Talhada com imagens artísticas de negros e negras do sertão pernambucano e de Angola na África. A programação cultural ficou por conta do grupo serra-talhadense Maracatu Nação Império da Cia Dançart, que se apresentou fazendo o cortejo, movimentando a universidade e embalando alunos e alunas e professores e professoras no ritmo da cultura negra e pernambucana.



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