Fotos: Farol de Notícias/Celso Garcia

Publicado às 13h12 desta quinta-feira (19)

Na manhã desta quinta-feira (19), alunos e colaboradores da Escola Irmã Elizabeth, em Serra Talhada, passaram um grande susto com um incêndio que ocorreu nas dependências da cozinha por volta das 11h. O Corpo de Bombeiro foi acionado, agiu muito rápido e não houve feridos, apenas danos materiais.

A reportagem do Farol esteve no local durante a atuação dos Bombeiros e conferiu de perto a aflição de dezenas de crianças e adolescentes que já estavam saindo da escola no momento do incidente. Segundo os Bombeiros, a causa do incêndio foi um vazamento de gás de cozinha em 4 botijões.

”Houve a intervenção inicial do efetivo e conseguiram conter as chamas. Houve alguns danos na estrutura do teto, mas não houve registro de vítimas. Não houve explosão de botijão, após o vazamento da mangueira em alto continuo já iniciou a combustão do gás que estava vazando e a válvula de segurança dos quatro botijões romperam e todo esse gás pega fogo, fica as labaredas e foi contido pelas guarnições”, explicou o Major Wamberg.

Os professores e demais colaboradores conseguiram evacuar a escola rapidamente, chegaram a criar uma barreira de proteção para os alunos passarem. A professora Maria Alaide de Souza Lima Melo, 39 anos, que não atua na instituição, ia passando na Afonso Magalhães e ao se deparar com a situação de medo e desespero das crianças correndo e atravessando a avenida sujeitos a serem atropeladas parou para ajudar os menores. Ela conversou com o Farol e afirmou que o trânsito de Serra Talhada é caótico e falta empatia nos condutores,

”Estava descendo para o Centro e me deparei com as crianças já saindo e os policiais da Rocam já chegando para acolher os alunos e manterem a calma. Eu tentei ajudar, comecei ajudar as crianças atravessarem a via e comecei a auxiliar, pedi para eles não entrarem mais. Fiquei muito preocupada, perguntei aos mais velhos o que estava acontecendo, se alguém tinha se machucado, mas graças a Deus não. Tenho amigas na cantina e um primo e não sabia se alguém tinha se machucado, se tinha criança perto na hora, mas quando falaram que não fiquei mais aliviada”, disse Alaide, acrescentando:

”O trânsito de Serra Talhada tem que melhorar bastante, os condutores têm que ter mais consciência, pais, mães que estão conduzindo carros lembre-se que seus filhos também estão nas escolas e isso pode acontecer nas escolas dos seus filhos e a gente tem que ter empatia. O momento era de parar o trânsito, de ajudar. A população tem que se unir nessas horas e entender que é um problema social. Pode não ter seu filho estudando, mas pode ter um amigo, um sobrinho, um primo, por esse motivo parei para ajudar, dando com a mão para os carros pararem e para as crianças não passarem desesperadas na frente dos carros”, lamentou.

Professora ajudou crianças: ‘Falta empatia no trânsito de ST’