Crianças correm risco em canoa para chegar à escola em Serra TalhadaPublicado às 13h05 desta quinta-feira (25)

Parece difícil acreditar que no Sertão crianças ainda possam ser transportadas em canoas para ter acesso à educação escolar. A situação tem tirado a paz de muitos pais que têm optado por não deixarem seus filhos correrem riscos de vida em Serra Talhada.

A imagem chocante tirada pela mãe de um aluno retrata a realidade dos estudantes do Sítio Cachoeira 2, zona rural do município. Em conversa ao Farol de Notícias, Simone Pereira contou que as crianças precisam atravessar o riacho para chegarem à Escola Maria do Carmo Araújo, que fica em Carnaúba do Ajudante.

Há pouco mais de um mês, outros pais enviaram vídeos e fotografias que mostravam as crianças sendo atravessadas nas costas. Uma cena impactante! Nesta quarta-feira (24), com o aumento do nível de água do riacho, a situação se agravou. De acordo com Simone Pereira, há aproximadamente três semanas que os educandos precisam ser transportados de canoa. 

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“Continua esse mesmo problema e ninguém faz nada. As crianças perdendo aula. O meu filho está há quase um mês sem ir para a escola por conta disso. Não tem como eu levar ele devido a essa situação. Apenas duas ou três mães estão levando os filhos para escola, arriscando a vida deles nessas canoas furadas”, disse Simone Pereira acrescentando: 

“Outras são muito rasas, precisamos que a prefeita Márcia Conrado faça alguma coisa. Todos os lugares ao redor de Serra Talhada têm passagens molhadas e aqui no Cachoeira 2 não tem. Aqui não temos nem vereador para que possamos contar com uma ajuda. Ninguém liga não!”, desabafou.

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O OUTRO LADO

 Nesta quarta-feira (24), o Farol de Notícias entrou em contato com Erivonaldo Alves, secretário de Educação de Serra Talhada, que enviou uma nota sobre o caso. Confira abaixo:

Nota da Secretaria de Educação de Serra Talhada

A Secretaria de Educação considera que nada sobrepõe a vida, principalmente a dos nossos estudantes! Contudo, é um problema recorrente que acontece todos os anos, em consequência das fortes chuvas no município.

A Secretaria de Educação já organizou um calendário letivo para assegurar as escolas que estejam passando por essa situação a garantia dos 200 dias letivos e as 800 horas como previsto na Lei de Diretrizes e Bases – LDB, em seu &(Inciso) 2°, Art. 24, que diz:

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‘O Calendário Escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo Sistema de Ensino, sem com isso, reduzir o número de horas previsto nesta Lei.

E além de toda essa preocupação o governo municipal vem garantindo a entrega de muitas passagens molhadas e tendo a sensibilidade de cuidar bastante das nossas comunidades rurais. Porque cuidar das pessoas é uma missão de todo o governo”.

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