Foto do Farol de Notícias/Max Rodrigues 

Publicado às 17h30 deste sábado (4)

Na última segunda-feira (30) na 231° Festa de Nossa Senhora da Penha a fundadora do Colégio Francisco Mendes esteve na TV Farol e contou um pouco da sua história. Ema Kehrle, com muita simpatia, revelou como foi a trajetória de sua família que veio da Alemanha para Serra Talhada no final da 1ª Guerra Mundial graças ao padre José Kehrle, seu tio-avô, e aqui criou raízes.

“Padre José foi uma pessoa que ficou na vida da família porque foi ele quem trouxe para o Brasil meus avós, meus pais, depois padre José foi para Olinda e depois ele ordenou em Pesqueira, ele acabou indo para várias paróquias do interior, diante dos trabalhos de evangelização que ele fez, ele recebeu um prêmio, esse prêmio foi poder visitar os parentes na Alemanha e ele foi, quando ele voltou ele trouxe os parentes, meu pai, minha avó, meus tios, vieram todos, já estava no final da primeira guerra mundial”, relatou Dona Ema, detalhando:

Veja também:   Filho ameaça matar o pai em ST e em seguida faz ataque contra carro

“Na Alemanha eles tinham algumas coisas e arrendaram para poder vir, meus avós foram para São Gonçalo que hoje é Araripina e lá eles ficaram escondidos porque era guerra, outras famílias também vieram no navio em uma viagem de 9 dias. De Araripina eles vieram para Serra Talhada, eles foram donos do açude da Borborema, tinha uma fábrica, mas terminou a guerra e Hitler assumiu, entrou a segunda guerra, quando eles foram obrigados a voltar para a Alemanha para receber os bens que eles tinham lá, eles foram para Alemanha e não voltaram mais, ficaram 3 filhos aqui, meu pai e meus dois tios, eles ficaram na dependência dos padres, meu pai ficou por aqui e foi quando ele tomou conta da fábrica, meu tio levava muita mercadoria nos burros para Conceição de Piancó”.

A RAIZ NA EDUCAÇÃO

Com a mãe professora concursada, Ema sempre viu a profissão com muito carinho. Terminou o ginasial e foi para Caruaru estudar no Colégio Sagrado Coração de Jesus, onde fez o magistério e se apaixonou ainda mais pela profissão. Seguia muito os conselhos de sua mãe, que um dia lhe disse para fazer o que ela mais sabia, sem pestanejar ela começou o sonho de ter sua escola, pois educação sempre foi o que ela soube e ama fazer.

Veja também:   'Gilson Malassombro' é morto a tiros nesta 5ª no Sertão do Pajeú

“Meu pai adoeceu e vendeu a fábrica, venderam tudo do açude, minha mãe era professora, eu nasci dentro de uma escola, minha mãe era de Recife, fez um concurso que teve no tempo de Miguel Arraes e ela passou para Exu, foi trabalhar lá e de Exu ela veio para Serra Talhada, foi quando ela conheceu meu pai e casou. Eu nasci em uma casa que tem no açude, que hoje tem até um motel no local. Meu pai colocou uma bodega naquele tempo, porque ele mal sabia assinar o nome, ele chegou aqui com 9 anos de idade, ficou com outras pessoas, ele era preocupado com nossa educação, então quando eu terminei meu curso de ginásio ele me colocou em Caruaru”, revelou dona Ema, complementando:

Veja também:   Corpo de barbeiro é encontrado no Pajeú

“Padre José foi quem fez essa correspondência com as freiras de Caruaru e eu estudei 8 anos no Sagrado Coração interna, vinha aqui nas férias de junho e final de ano, tem uma amiga minha que estudou comigo, Penha Duarte. Minha mãe como professora dizia ‘minha filha quando você terminar, você vai fazer o que sabe fazer’,  fui para Recife e depois voltei para Serra Talhada e o que eu sabia fazer era educação, eu sonhei, foi um sonho que eu tive de colocar uma escola”.

CONFIRA O A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA COM DONA EMA NA TV FAROL