Dona Aurea chega aos 102 anos em ST com memórias bem afloradasPublicado às 05h28 desta sexta-feira (9)

Chegar aos 102 anos não é para qualquer um, “tem que ter comido muito feijão”. Dona Aurea Florentino de Albuquerque, natural de Conceição-PB e moradora do bairro Bom Jesus, em Serra Talhada, é um exemplo. Nesta quinta-feira (8), a senhora que goza de saúde comemorou os 102 anos com a família, filhos, netos e bisnetos. O Farol de Notícias foi até a casa dessa simpática senhora, que ainda guarda na memória todos os acontecimentos do passado, e vive cada dia com muito amor e alegria.

Dona Aurea Florentino contou ao Farol que casou-se aos 18 anos, e ficou viúva pela segunda vez há 37 anos atrás.  Uma história que lembra a da mãe dela, que casou e ficou viúva, depois casou-se com o irmão do falecido, mas pela segunda vez viuvou. Mãe de 11 filhos, Dona Aurera perde a conta dos netos e bisnetos. Agricultora, trabalhou na lavoura plantando milho, feijão e algodão, prática que só parou quando conseguiu se aposentar. Foi quando deixou a Paraíba em busca de uma nova vida em Serra Talhada, longe da agricultura, que segundo ela, não é coisa boa. Apesar disso, a roça produz o melhor, o feijão, arroz e carne que são as comidas preferidas dela. Também esclarece que nunca bebeu, nem fumou, e já tomou as quatro doses da vacina contra a Covid.

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Uma mulher que viveu dois casamentos e sustenta que se casaria novamente. Ela ainda explica o motivo para viver bem em um relacionamento, segundo ela, é não brigar por qualquer motivo, e relatou que nunca discutiu. Ainda brincou dizendo que sente falta de uma companhia durante a noite, pois o lado da cama fica vazio, mas não casaria com velho feio e pobre, tem que ser rico e bonito, ou um jovem rico. 

“Nunca briguei com o meu marido. Eu via minhas colegas dizerem: “Hoje eu dei uma briga mais fulano”. Ave Maria! Para não brigar, é não brigar, não criar caso de briga. Duas vezes que eu me casei, mas nunca briguei. Que história era essa de dormir fora de casa, não!”, disse Aurea Florentino detalhando como era a vida no campo:

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“Nasci e me criei na fazenda Amargoso no município de Conceição da Paraíba. Todos trabalhavam de roça, plantando milho, feijão e catando algodão, meu serviço era trabalhar na roça. Amanhecia o dia, tomava café e ia trabalhar. Mãe dizia logo, uma vai fazer esse serviço, outra vai fazer o outro. Não tinha essa história de cavalo andando sem ter o que procurar. O caba tinha que trabalhar de tudo, em casa, na roça, no que precisasse. Não tinha essa história de passear não. Eu ganhando o meu agora [aposentadoria], não vou mais para diabo de roça, só ia quando não tinha nada, a roça só dá para dar de comer aos filhos”.

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Confira a entrevista com Dona Aurea no Falando Francamente da TV Farol

 

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