Publicado às 10h10 desta terça-feira (27)

Imagem ilustrativa

Uma cena inusitada tomou conta do Cemitério Público de Serra Talhada, no final da tarde desse domingo (25), durante o sepultamento de uma mulher de 40 anos, vítima da Covid-19. Ela faleceu no Hospital Regional Agamenon Magalhães (Hospam), mas os familiares, durante o sepultamento, insistiram que os trabalhadores da empresa encarregada pelo enterro, abrissem o caixão, contrariando as normas da Agência Pernambucana de Vigilância Epidemiológica.

A redação do Farol recebeu dois vídeos de um leitor que estava no local, mas publicamos apenas um, devido as imagens serem muito fortes. No primeiro vídeo (abaixo) os familiares pedem que o caixão seja aberto, afirmando que se responsabilizam pelo ato. No segundo, as imagens são de muita dor, com algumas pessoas abrindo o caixão e até o saco que envolve o corpo da vítima.

Segundo as normas técnicas da Agência de Vigilância de Pernambuco, não devem haver velórios e nem aglomerações nos sepultamentos, devendo se limitar a no máximo 10 pessoas, com uma distância de 2 metros de cada uma delas. Também há orientação para o caixão não ser aberto, e estar envolto em sacos impermeáveis e lençóis. No sepultamento não pode haver qualquer contato físico.

VIGILÂNCIA SANITÁRIA SE MANIFESTA

Após ser contactada pela reportagem, para comentar o assunto, a Vigilância Sanitária Municipal emitiu uma nota, assinada pelo coordenador, José Élisson. Leia na íntegra:

Nota Técnica

“É triste ver situações como esta, infelizmente em um exaustivo momento de dor, por conta da perda de um ente querido, a família precipitou-se e abriu o caixão, tendo em vista que o mesmo já é lacrado por que as vítimas do novo coronavírus podem abrigar o vírus dentro do seu organismo, mesmo após a morte.

Os caixões são fechados, principalmente, para oferecer segurança aos funcionários e familiares, minimizando e evitando riscos à saúde. Com isso, juntamente com o nosso jurídico, estamos tomando as medidas cabíveis para que isso não aconteça mais, vamos também fazer o monitoramento da família e realizar buscas nos demais envolvidos nesse caso”.