Após mais de duas horas de debates, no plenário da Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST), cerca de 400 professores e trabalhadores da educação da Capital do Xaxado decidiram, por unanimidade, deliberar um calendário de protestos e paralisações contra o governo do prefeito Luciano Duque.

Entre outros pontos, os professores reivindicam 15% de reajuste salarial, mas o governo só aceita discutir a proposta a partir do mês de maio. Diante o impasse, categoria deve paralisar as atividades nos dias 14 e 15 de abril. Na segunda-feira (14) haverá uma passeata de protesto pelas ruas de Serra Talhada. Caso não haja avanço nas negociações, será decretado greve por tempo indeterminado a partir do dia 25.

SINÉZIO RODRIGUES FAZ A LEITURA DA PROPOSTA DO GOVERNO
SINÉZIO RODRIGUES FAZ A LEITURA DA PROPOSTA DO GOVERNO: NEGOCIAÇÃO SÓ EM MAIO

“A categoria não aceitou a proposta do governo e quer negociação já! Por isto que foi feito este calendário de paralisações, mas quero reafirmar que sempre acreditamos no diálogo e vamos lutar por isso. Existe um indicativo de paralisação por tempo indeterminado, a partir do dia 25 de abril. Espero que isto não aconteça e o governo abra um canal de negociação até lá”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintest), vereador Sinézio Rodrigues.

A proposta de greve por tempo indeterminado ganhou corpo na categoria e a maioria dos discursos girou em torno de uma greve geral. “A gente tem que decretar greve e o pessoal ir às ruas. Não vamos ter medo de greve não. Vamos mostrar ao prefeito Luciano Duque que temos o direito de fazer greve. Vamos botar carro de som na rua e decretar greve”, defendeu a professora aposentada Veraluzza Nogueira.

A PROFESSORA VERALLUZA NOGUEIRA QUER CATEGORIA NAS RUAS
A PROFESSORA VERALLUZA NOGUEIRA QUER CATEGORIA NAS RUAS

O OUTRO LADO

Em conversa com o FAROL, o secretário de Educação, Edmar Júnior, alegou que as despesas com pessoal estão no limite e só pode haver negociação a partir do mês de maio. “Se o governo ultrapassar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) haverá punições severas e todos serão prejudicados. Não é isto que queremos e vamos aguardar o fechamento das contas do 1º quadrimestre de 2014”.