Sinézio RodriguesJá se passaram quase 30 dias que os professores da Rede Municipal de Ensino (RME) aguardam uma resposta do prefeito Luciano Duque (PT) sobre a pauta de reivindicações que foi entregue pela categoria. Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintest), na pauta está um aumento salarial de 15%, entre outras propostas.

Entretanto, a categoria encontra-se em pé-de-guerra com a prefeitura, uma vez que o prefeito petista resolveu adotar a tática do silêncio como resposta. Além de não responder ao ofício do sindicato, Duque não marcou, até agora, nenhuma reunião para negociação.

“Eu pensei que este ano seria diferente do ano passado, quando o prefeito alegava dificuldades por conta de uma herança maldita. Mas acabou esta herança e não vejo avanços. O governo não negocia e não dá respostas sobre os ofícios que enviamos. Eu lamento, mas vamos esperar até a sexta-feira (28) e se não houver diálogo tomaremos outras medidas”, advertiu o vereador Sinézio Rodrigues (PT), que também preside o Sintest.

Segundo Rodrigues, na próxima segunda-feira (31) haverá uma reunião com a diretoria do sindicato para definir os rumos do movimento. “Se não houver diálogo vamos convocar uma assembleia na próxima semana  e atitudes serão tomadas. Pode ser deliberado desde uma greve de advertência até mesmo paralisação por tempo indeterminado. É muito ruim ter um governo dos trabalhadores que não dialoga com a categoria”, disse Sinézio Rodrigues.

O OUTRO LADO

A reportagem do FAROL conversou com o secretário de Educação, Edmar Júnior, que justificou a falta de diálogo com os professores municipais. “Estamos analisando a pauta de reivindicações e fazendo projeções quanto ao aumento salarial. Nossa preocupação é com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) cujo limite não pode ser ultrapassado. Mas iremos apresentar uma proposta aos professores”, declarou Edmar Júnior.