O prefeito eleito Luciano Duque (PT) pode acabar encontrando os primeiros percalços da sua administração dentro da própria base de governo. Um aparente “pepino” para se descascar será resolver a questão que envolve as eleições para diretores nas escolas municipais. Na última segunda-feira (17), o Sintest (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Serra Talhada) se reuniu em assembleia para deliberar sobre vários temas e foi ratificado que a categoria não irá abrir mão do processo eleitoral para a escolha de diretores. Dessa forma, os professores acreditam que irão diminuir ou até exterminar a influência política na direção das escolas.

Para o vereador eleito e presidente do Sintest, Sinézio Rodrigues (PT), Luciano Duque possui uma grande responsabilidade em mãos, já que a categoria esperou do governo Carlos Evandro (sem partido) o cumprimento de um acordo que as eleições seriam realizadas ainda em 2012. “Já que não houve esse cumprimento por parte do poder municipal, esperamos do prefeito eleito esse posicionamento. Uma coisa é certa: não iremos abrir mão dessa prerrogativa. Luciano Duque vem traçando sua história política dentro de sindicatos e associações, por isso mesmo que achamos que irá sensibilizar-se com o nosso pleito e atender essa reivindicação”, cobrou o petista.

Rodrigues ressaltou ainda que a categoria fará a primeira assembleia de 2013 no dia 7 de janeiro com o objetivo de debater, principalmente, demandas não atendidas em 2012. “Por enquanto, estamos lidando com o imprevisível, pois esperamos a gestão acabar para ver como ficou a situação da categoria, só assim é que vamos poder traçar novas metas”, apontou o sindicalista, ratificando que os professores farão pressão no novo prefeito para que ele cumpra o acordo feito entre o Sintest e Carlos Evandro.

“Queremos eliminar a influência política na gerência das escolas. Acreditamos que vamos conseguir promovendo eleições. Agora, se o prefeito eleito não quiser fazer isso de imediato, nós iremos pensar uma outra maneira e sugerir que essa escolha parta de uma forma mais democrática. Mas isso é uma coisa que não vamos abrir mão de conseguirmos”, avisou Sinézio Rodrigues.