A população de Serra Talhada continua sendo prejudicada pela ausência de Instituto de Criminalística (IC) na cidade, órgão ligado ao Governo do Estao. Dessa vez, a falta de um posto do IC na capital do xaxado atingiu a estrutura da Polícia Civil local, que precisou de uma equipe para periciar um veículo no caso de roubo a um caminhão-carreta, assaltado na madrugada desta sexta-feira (25), às margens da BR-232, próximo ao trevo que leva ao município de Floresta. O automóvel teve os pneus retirados por bandidos. O motorista foi amarrado e algemado.

Atualmente existe somente um IC, que funciona com equipe reduzida em Salgueiro, a 100 km de Serra Talhada, para atender toda a região. A Delegacia local revelou que a equipe da Polícia Civil da Capital do Xaxado precisou acionar o grupo de plantão do IC, nesta madrugada, e não conseguiu. Os peritos plantonistas realizavam um procedimento, no mesmo horário, em outra cidade.

DSC03948FALTA DE IC EM SERRA TALHADA PREJUDICA ATUAÇÃO DA POLICIA CIVIL NA CIDADE

(Foto envida pela Polícia Civil)

Na visão da Polícia Civil, a investigação para identificar os responsáveis pelo roubo do caminhão carreta em Serra Talhada fica prejudicada. “Evidências estão por todo o caminhão, dentro e fora. Se tivéssemos a ajuda do IC neste caso, seria muito mais fácil identificá-los. Infelizmente, estamos trabalhando sem a estrutura devida e quem sai prejudicada é a população”, lamentou um dos investigadores.

Cada pneu roubado da carreta poder girar em torno de R$ 2,5 mil. Esse é o terceiro caso de assalto e roubo a pneus de caminhão registrado em Serra Talhada de dezembro 2013 para cá.

HISTÓRICO

O histórico da falta de IC em Serra Talhada vem prejudicando as famílias serratalhadenses há anos. Em alguns dos acontecimentos mais polêmicos está o caso do drama da família do agricultor Lourival Cornélio, assassinado na zona rural de Serra Talhada em dezembro de 2013.

O corpo dele passou mais de seis horas para ser removido do local. Devido a demora do IC, o cadáver foi removido enrolado numa rede de dormir e colocado na caçamba de uma viatura da Polícia Militar (relembe). Outro caso polêmico envolveu a morte do protético (relembre) Paulo Marcos de Lima, 34. O corpo dele levou cerca de 10 horas para ser removido.