Farol de Notícias com informações do G1

Publicado às 19h30 deste domingo (10)

Continua o drama do jovem Alberto Sampaio Gressler, de 25 anos, preso no Aeroporto Internacional de Ngurah Rai, na Malásia, a caminho da Indonésia, por porte de maconha. Ele é natural de Rio Verde, Goiás, mas mora e estuda Medicina, na Universidade de Pernambuco (UPE), há quatro anos em Serra Talhada. Em contato com a imprensa goiana, a família de Alberto deu detalhes sobre a viagem de férias do rapaz.

No dia 13 de junho, Alberto viajou para a Turquia. De lá, foi para a Tailândia, onde comprou, legalmente, as 2,8 gramas de maconha. Em seguida, foi para Bali, Indonésia, país onde a cannabis é proibida e foi preso 15 dias após sair de casa. “Ele não é traficante, a quantidade que ele tinha é menos que um cigarro. Apresentamos toda documentação que mostra que ele faz uso medicinal para as autoridades da Indonésia”, disse o cunhado e advogado, Antônio Neto.

A irmã do estudante, a médica Carolina Inka Sampaio Gressler disse que a situação tem sido muito dura para toda família. “Tem sido muito doloroso, um processo muito difícil de saber que ele está preso em outro país, podendo ser acusado de algo que ele não é. Ele é apenas um paciente de cannabis medicinal”, disse.

Essa semana, o Ministério das Relações Internacionais emitiu nota oficial informando que “por meio da Embaixada em Jacarta, acompanha a situação e presta toda a assistência cabível ao nacional. A entidade federativa também afirmou que agirá em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”. No entanto, alegou não pode passar informações detalhadas sobre o caso.

TRATAMENTO A BASE DE CANNABIS

De acordo com a família, no Brasil, ele tem autorização para usar a cannabis para tratar problemas com ansiedade, depressão e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). O cunhado e advogado do jovem no Brasil, Antônio Neto, explicou que Alberto já fez tratamentos tradicionais contra os transtornos. Porém, em 2016, começou a fazer uso da maconha medicinal e sentiu considerável melhora.

Ele tem recomendação médica para o uso e é associado à Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança, que produz e fornece os produtos usados pelo jovem para o tratamento. “O Alberto passou por um atendimento psiquiátrico na Indonésia nesta madrugada e foi apontado que ele realmente tem os transtornos e precisa fazer o uso medicinal da maconha. Acreditamos que, com isso, ele possa ser solto e isso se tornar um marco”, disse Neto.

ACOMPANHE O CASO

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