Publicado às 17h36 desta terça (3)

Nessa segunda-feira (2), uma servidora pública, que prefere não se identificar, veio à redação do Farol de Notícias relatar uma queixa de furto que prestou na Delegacia de Serra Talhada envolvendo o sumiço de uma aliança de ouro de sua mãe de 84 anos dentro do Hospam. A família diz que o caso aconteceu no último dia 26 de julho e que a suspeita paira sobre uma funcionária da unidade. Segundo a servidora, sua mãe estava tomando medicação quando uma enfermeira teria entrado e tirado a aliança do dedo da paciente, depois saído. Em seguida a idosa foi levada para um exame, recebeu a alta e não teve mais o retorno do objeto. Foi então que a servidora prestou queixa na Delegacia de Polícia Civil.

“Minha mãe foi para a observação no Hospam, em questão de minutos, ela ficou sozinha, foi o tempo que minha irmã saiu para eu poder entrar, não foi nem 4 minutos, das 10h às 10h04 mais ou menos, quando eu entrei no quarto minha mãe já foi falando: ‘a enfermeira veio aqui e já foi tirando minha aliança’, eu não dei importância na hora porque ela estava para fazer um eletro, pensei que fosse por isso, então não procurei quem era. Quando foi cerca de meia noite, que ela teve alta, eu já estava guardando as coisas no carro e minha irmã que estava trazendo minha mãe foi logo falando: ‘mãe está se queixando que uma enfermeira tirou a aliança do dedo dela, quando ela foi fazer o eletro ela estava dizendo que queria a aliança dela e perguntou que horas a enfermeira ia trazer’, as pessoas que estavam fazendo o eletro ficaram horrorizadas, porque falaram que não precisava retirar a aliança. Foi quando eu entrei novamente no hospital para saber quem era que estava atendendo, creio eu que não foi nenhuma das meninas que estavam colocando o soro nela, sempre que chegamos com minha mãe ela é bem atendida, isso eu não tenho do que reclamar, só o fato dessa aliança, ninguém ia se acusar”, detalhou a filha, acrescentando:

“Falei com o porteiro, ele disse que eu fosse até o final do corredor em uma sala com as gravações que alguém ia me mostrar, cheguei lá não tinha ninguém, outra enfermeira que estava no postinho próximo a sala me disse que ele estaria depois das 8h, fui falar com a assistente social, que foi lá falar com o pessoal dessa mesma sala e uma moça veio falar comigo, disse que era uma burocracia danada porque para saber qual enfermeira foi teria que saber qual era a equipe, todo mundo usando máscara não teria como saber quem era quem, eu indaguei “se você tem sua equipe que entra em determinado horário e o fato ocorreu entre às 10h e às 10h04, você não tem como saber qual é a equipe?”, porque eu trabalho e sei os horários de cada um da equipe e insisti, “mesmo usando touca e máscara, ela é sua funcionária e você vai saber quem é”, ela me disse que eu teria que ir na delegacia fazer um B.O. e eu fui na delegacia fazer. Quando voltei com o B.O. eles falaram que tinha que ter um ofício, fui na delegacia e fiz um ofício e até agora não tive nenhuma resposta. O que está me parecendo é que estão me fazendo vista grossa, como é que você leva um ofício para as câmeras serem mostradas e ninguém mostrar, o que tem nessas câmeras que estão escondendo? É uma coisa sem lógica. Na delegacia falaram que não tem nenhuma resposta porque estão esperando o diretor do Hospam chamar, o que está parecendo é que nem a delegacia está fazendo nada e que o Hospam está acobertando, minha mãe é lúcida e tem certeza que foi uma enfermeira. Minha mãe já estava doente e piorou muito por conta dessa aliança, ela pergunta todos os dias”.

O OUTRO LADO

A reportagem do Farol de Notícias entrou em contato com a direção do Hospam para averiguar a situação, mas até o fechamento da redação não se teve respostas.