A programação do Pátio da Lagoa Maria Timóteo tem início nesta terça-feira (3), mas vem provocando confusão nos bastidores por conta de uma disputa de família em relação ao terreno. O imbróglio acabou respingando na Prefeitura de Serra Talhada e no secretário de Serviços Públicos, Célio Antunes. O FAROL foi procurado por João de Sindário Carvalho, nesta terça-feira (3), irmão do médico Fonseca Carvalho, candidato a vice-prefeito nas eleições de 2012.

Na companhia do seu advogado, Ricardo Valões, Sindário denunciou  que, tanto ele como seu outro irmão, José Roberto Fonseca, tinham ficado de fora da negociação em torno do aluguel do terreno onde está montado o palco principal da Festa da Padroeira, na Lagoa Maria Timóteo. Segundo Sindário, a prefeitura pagou um aluguel no valor de R$ 12 mil pelo local, para ser usado no festejo, mas nada foi repassado para ele e o irmão.

“Estou me sentindo lesado pelo secretário Célio Antunes, que não assumiu o compromisso feito com José Roberto. Agora estão me oferecendo R$ 1.700 mais um camarote como acordo”, retrucou João de Sindário, reclamando que o contrato foi feito em nome da sua mãe, mas a Prefeitura não revelou o teor do contrato. Já o advogado Ricardo Valões reprovou o fato de o governo ter feito a negociação sem um contrato e sem repassar parte do dinheiro para os irmãos Carvalho.

“Sou advogado deles numa Ação de Divisão e Demarcação de Terreno. Aquele terreno da Lagoa é de herdeiros e a renda teria que ser dividida entre os seus seis irmãos”, defendeu Valões, arrematando: “Se não existe contrato nesta negociação então é ilegal e a prefeitura está ferindo os princípios da administração pública”, declarou.

O OUTRO LADO

A reportagem do FAROL DE NOTÍCIAS conversou com o secretário de Serviços Públicos, Célio Antunes. Por telefone, ele negou qualquer ilegalidade por parte do governo municipal na questão e que tivesse havido qualquer pagamento de aluguel para o uso do terreno durante os dias da Festa de Setembro.

“Já havia um contrato desde o governo Carlos Evandro e nós pagamos dois meses que estavam atrasados (novembro e dezembro). Nos comprometemos em pagar R$ 3 mil e mais um camarote para os familiares. Isto nós fizemos”, garantiu Célio Antunes, sendo taxativo: “Isso é uma briga de família em que o governo não se mete”, finalizou.