Publicado às 13h desta sexta-feira (18)

Após recuperar-se do choque do assalto na Art Joias, na Rua Deputado Afrânio Godoy, nessa quarta-feira(16), no Centro de Serra Talhada, uma funcionária do estabelecimento concedeu entrevista exclusiva ao Farol de Notícias.

Ela relatou como a ação criminosa ocorreu, o medo da morte no momento do assalto e afirmou que o prejuízo foi muito alto, algo superior a R$ 80 mil. Segundo ela, a porta da loja estava semiaberta e os bandidos esperaram para entrar quando outro funcionário ia saindo para ir fazer uma prova.

”A porta fechada atrapalhou muito porque na hora que eles estavam aqui, a polícia passou, mas dando para ver só os pés, provavelmente pensaram que era cliente. Em momento algum bateram na porta para entrar, aguardaram o momento certo para entrar na hora que meu irmão ia saindo. A gente estava trabalhando com a porta semiaberta como todo mundo está, mas diante do acontecido, já com medo, a gente não baixou mais. Tem muita gente culpando a polícia, mas ela faz o trabalho dela, se a porta tivesse aberta eles tinham percebido”, disse a testemunha, continuando:

“Assim que entraram não percebi que era assalto, mas depois vi a arma e eles começaram dizer: ‘é assalto, é assalto’,  perguntaram se os meninos [funcionários] estavam armados e mandaram a gente deitar no chão. A gente deitou e pediram para abrir a vitrine, meu irmão foi abrir e ajudou eles colocarem as coisas na bolsa. Depois vieram no balcão e pegaram os relógios dos consertos dos clientes e levaram. Queriam trancar a gente, mas eu disse que não tinha chave e mandaram ficar no outro quartinho, baixar a cabeça e não olhar para eles. Ligaram pedindo para um pessoal vir buscar eles e depois saíram a pé.” relembrou uma funcionária.

TERROR

Conforme o Farol apurou, o momento foi de muito terror psicológico para as vítimas diante do medo de morrer, embora não ter ocorrido agressões físicas. Mesmo diante do cenário pavoroso, a funcionária que concedeu entrevista ao Farol, afirmou que apesar da crise de nervos não chegou a paralisar e chegou a responder às perguntas feitas pelos bandidos no momento do crime.

”Foi horrível, ainda estamos em choque, me deu uma crise de nervos, pensei que eu ia morrer, mas não conseguia parar de falar, toda hora estava falando, quando eles faziam uma pergunta eu já estava com a resposta automaticamente, a outra menina travou, depois quando passou foi que parei para raciocinar como eu fui capaz de falar. Não teve agressão, mas ainda me empurrou, a outra menina e o outro para a gente entrar no quartinho”.