editorialNa semana passada, um leitor atento do FAROL nos procurou e perguntou a nossa opinião sobre a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Expressei, enquanto editor do site, a minha opinião pessoal e ele retrucou: ‘divida isso com a gente, seus leitores’. Relutei, mas decidi após assistir todo o processo de votação que culminou com a derrota de Dilma, nesse domingo (17). Na minha avaliação, o que vem ocorrendo é uma briga de facções entre PT e o PMDB. Dois partidos envolvidos num mar de lama imensurável. Dois pilares que deveriam dar exemplos e se afundaram num esquema de corrupção nunca antes visto na historia deste País.

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É bem verdade que houveram avanços sociais no governo do PT como o Minha Casa, Minha Vida, Pronatec, Bolsa Família, ampliação das universidades, enfim, o governo teve um olhar especial para os mais fracos. Mas a que preço? Mensalão, enriquecimento ilícito dos seu líderes, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, roubos na Petrobras, esquema com empreiteiras e uma lista imensa de crimes que me faz corar de vergonha. Afinal, militei no PT por 13 longos anos. Peço desculpas aos meus filhos.

Porém, o PT chegou ao poder pela segunda vez com o apoio irrestrito do PMDB, que colocou Michel Temer na vice-presidência. A briga é de duas facções pelo ‘pote de ouro’ que acabou levando o Brasil para um abismo muito maior. Foram negociatas espúrias dos dois lados… um jogo nojento pelo direito de ficar com a chave do cofre. Acredito que a presidente Dilma foi punida pelo conjunto da obra. Um partido corrupto, desavergonhado, imoral e interesseiro. Uma quadrilha como bem definiu o Supremo Tribunal Federal (STF).

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Mas o amanhã pode ser bem pior. O PMDB tem um folha de crimes imensa, que foi montada desde o governo Sarney. Quem vai representar este pais como vice-presidente é o Eduardo Cunha, a personificação do mal do ponto de vista político. E, cá pra nós, ninguém, por mais ruim que seja, merece ganhar um vice como o Michel Temer. Mas foi a opção do PT para ganhar as eleições.

Amigos e amigas, mais triste ainda foi assistir aos argumentos dos deputados monitorados pela dupla Temer/Cunha.: ‘Por minha mulher, por minha família, por Deus, pela minha mãe e pelo meu pai que já morreram, voto sim pelo impeachment’. Uma vergonha! Caímos no fundo do poço da desgraça moral, e vamos cair muito mais do ponto de vista ético. Na briga das facções, o PMDB saiu vitorioso. Que Deus tenha piedade de nós”

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