Publicado às 06h deste domingo (17)

O micro-empresário serra-talhadense, Cícero Clementino, é proprietário de uma loja na Rua Agostinho Nunes Magalhães, no Centro de Serra Talhada. Nesta semana, ele procurou a redação do Farol para relatar uma situação de dificuldade financeira, e a ‘pressão’ que vem sofrendo. Leia o carta abaixo.

Carta Aberta

“Eu, Cícero Clementino, empresário no centro de Serra Talhada há 8 anos com a loja Magazine Life, venho a público comunicar minha situação financeira e as circunstâncias opressora que estou passando pelos bancos sendo público e privado.

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Primeiramente, quero esclarecer que o motivo real da minha situação comercial começou quando o comércio, de modo geral, foi interditado pelo governo do estado, através da prefeitura municipal, devido a pandemia da covid-19 por dois meses e alguns dias de interdição, onde me ocasionou que eu não conseguisse quitar os meus compromissos mensais, como boletos dos fornecedores, cartões de crédito, parcelas de linha de crédito e limite especial de conta corrente, ou seja, todos os compromissos atrasaram e ainda acumularam juros por três meses, gerando um débito impossível de pagar de uma só vez.

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A prefeitura liberou o funcionamento do comércio em geral com muitas restrições, diga-se de passagem, então, começamos a trabalhar e já pagamos os fornecedores (ainda falta um boleto para quitar). E também negociamos com uma operadora de cartão de crédito, ou seja, cada mês venho quitando compromissos em atraso, graças a Deus, amém! Porém, nos últimos 4 meses venho sendo oprimido psicologicamente por um banco que me faz cobrança abusiva, do tipo 30 ligações por dia através de um escritório de advocacia e também através de mensagens, me ameaçando de colocar no ajuizamento onde vão processar extra-judicialmente e colocar um bem meu em penhora como garantia.

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Me sentido abalado psicologicamente, resolvi vender dois terrenos localizados no bairro do Bom Jesus, em Serra Talhada, pelo preço de um (cada terreno vale 12 mil reais) estou vendendo para quitar o meu débito com os bancos e me livrar das cobranças abusivas. Sei que alguns empresários se encontram na mesma situação que a minha”.