Para comprovar que Castro (PMDB) não tem capacidade para ocupar um cargo tão importante, num momento tão delicado quanto a disseminação da epidemia, basta uma seleção pequena de suas frases.
Sobre o risco de mulheres grávidas contraírem zika e desenvolverem fetos com cérebro atrofiado, Castro afirmou: “Sexo é para amadores, gravidez é para profissionais”. Eis como descreveu a trasmissão da doença: “As mulheres, normalmente, ficam de perna de fora e, quando usam calça, usam sandália”. Assim ele se manifestou sobre a falta de doses suficientes da vacina contra zika: “Vamos torcer para que as pessoas antes de entrar no período fértil peguem a zika”. Finalmente, ontem ele extraiu uma conclusão acaciana, na tentativa de se eximir da responsabilidade pela disseminação da epidemia: “Estamos perdendo feio a batalha para o mosquito”.
É fato. Estamos mesmo. E o maior responsável por enfrentar a situação é o próprio Castro. Ele age como se o sarcasmo ou a ironia tivessem algum efeito sobre o mais 1,6 milhão de infectados pela dengue, ou sobre as mais de 3.800 vítimas prováveis de microcefalia desde o início da epidemia de zika. Ou sobre os quase 50 mortos, também provavelmente em virtude dela, a maioria bebês.
Do G 1, por Hélio Gurovitz
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