Mulher espancada por PMs conta detalhes: 'Me sinto desprotegida'

Fotos cedidas ao Farol de Notícias

Publicado às 04h20 desta segunda-feira (6)

Vítima de agressões por parte da Polícia Militar na cidade de Triunfo, no Sertão do Pajeú, passou 12 horas detida. A reportagem do Farol de Notícias conversou com a vítima, a jovem triunfense, que pediu que sua identidade fosse preservada. Segundo ela, as agressões ocorreram por volta de 1h da manhã, foi para a delegacia e ficou até às 14h horas do sábado (4).

De acordo com ela, um policial a abordou de forma truculenta enquanto saía de um bar. A jovem ainda revelou que só se deu conta do que tinha acontecido e das agressões que tinha sofrido ao ver as imagens que testemunhas gravaram das agressões.

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“Me senti exposta, ridicularizada diante de meus amigos, minha família. Me sinto desprotegida como mulher. Eu não tenho nem palavras para dizer o que sinto quando me olho no espelho e vejo as marcas de agressão em mim. Fui espancada diante de todos. Tenho vergonha de sair, tenho vergonha da minha filha de apenas 6 anos olhar para mim”, desabafou a vítima, continuando:

Mulher espancada por PMs conta detalhes: 'Me sinto desprotegida'
A vítima enviou fotos com ferimentos na região dos olhos, cabeça e costas

“Eu choro escondido. O que eu vou dizer para minha filha? Que a mãe dela foi espancada e humilhada por policiais. Estou com medo de levar minha filha para escola. No momento só sinto medo. Meu corpo, minha família fomos todos agredidos juntos. Fica o sentimento de medo e raiva”.

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Farol também conversou com a advogada da vítima, Dra. Gecicarmem Araújo que confirmou que a jovem mesmo diante das agressões registradas no vídeo terminou como ré do processo, e o Ministério Público será acionado e solicitado a retificação do caso. A defesa alega constrangimento, agressão e abuso de autoridade.

‘Estamos trabalhando cautelosamente para proteger a vítima diante da vulnerabilidade em qual a mesma se encontra. Quanto a responsabilização dos policiais iremos requerer vistas do Ministério Público para a adequação do caso, tendo em vista, que a vítima figura como ré no processo. Também iremos requerer a responsabilização dos agressores aos crimes do artigo 129, 146 crimes de constrangimento e agressão, ambos previstos pelo Código Penal, além de aplicação do crime de abuso de autoridade”,reforçou a advogada.

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