O deputado Augusto César (PTB) utilizou a tribuna da Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta quinta-feira (14) para denunciar o descaso que vem ocorrendo no Tiro de Guerra de Serra Talhada. Segundo o deputado, o órgão, localizado na rua Irnério Ignácio, no centro da cidade, não tem a mínima estrutura de funcionamento em virtude de problemas financeiros.

“A unidade teve a internet e o telefone cortados e também sofre com a falta de manutenção. A cidade pode perder o Tiro de Guerra”, denunciou o líder petebista, informando que o aluguel também estava atrasado. Um convênio firmado com Exército Brasileiro determina que a prefeitura tem a obrigação de arcar com estes serviços.

O que causou espanto em alguns analistas políticos, é que o petebista preferiu ‘centrar fogo’ num problema menor, para atingir o governo petista de Luciano Duque, do que se reportar à paralisação das obras de urbanização do bairro do Mutirão (leia aqui), que detém o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Serra Talhada. A obra no entorno do bairro, tem um orçamento de R$ 6,5 milhão e nasceu fruto de uma iniciativa do então deputado Augusto César Filho.

A paralisação das obras ocorreram no início desta semana e até agora nenhum deputado serratalhadense se manifestou sobre o tema. A denúncia do descaso com o Tiro de Guerra é positiva. É fato. Mas não compromete a imagem de Augusto junto ao governador Eduardo Campos (PSB), que chegou a utilizar a obra como moeda eleitoral nas eleições passadas. Silenciar com relação as obras do bairro Mutirão, é no mínimo um pecado de omissão não só de Augusto César, mas também dos deputados Manoel Santos (PT) e Sebastião Oliveira (PR).