'Oi de Jeep' um dos taxistas mais ilustres de ST

Publicado às 05h33 deste domingo (21)

São tantas as figuras ilustres que transitam todos os dias nas ruas de Serra Talhada e que todo mundo conhece, já ouviu falar ou gostaria de conhecer. O taxista e piloto de Tuk Tuk, ‘Oi de Jeep’ é um desses homens que há anos faz parte do imaginário popular local. A origem do apelido não poderia ser mais simples, um colega de trabalho o atribuiu e ele mesmo fez questão de espalhar e tatuar no braço.

Seu verdadeiro nome é Antônio Ferreira de Souza, tem 61 anos, e é natural da cidade de Tupanatinga, no Agreste de Pernambuco, lugar que segundo ele até o Arco-Íris é preto e branco. Há cerca de 23 anos compromissos de trabalho o trouxeram para a capital do xaxado e por aqui ficou.

Casado há 34 anos e com 3 filhos homens com a professora aposentada Pedrina Luzia Soares de Souza, de 62 anos, Oi de Jeep detalhou que é taxista oficialmente e documentado desde 2007, mas junto da esposa e dos filhos divide uma grande paixão, o motociclismo.

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MOTOCLUBE

Nas festas ostenta um triciclo majestoso que exibe há seis anos. Segundo ele, a grande satisfação da vida é a liberdade de sentir o vento no rosto. E sem ter mais o que inventar, Oi de Jeep foi em Paulo Afonso buscar um tuk tuk, sonho antigo realizado em 2023.

“Meu triciclo é só mais para o meus eventos de motociclista que eu gosto muito, é o meu estilo de vida. É na estrada em cima de 2 ou 3 rodas que eu gosto demais. As quatro rodas é por conta da necessidade trabalhista. Entre um carro e uma moto boa pode ficar com o carro e me entregar a moto, a verdade é essa. Gosto do vento na cara, aquela natureza, a liberdade. E chuva nenhuma atrapalha nós não, o motociclista de verdade ele não se incomoda com chuva. Para mim na verdade de qualidade é a festa de motociclista, não importa onde. Eu fico triste quando não posso ir ao encontro dela. A família vai também na maioria das vezes”, destacou.

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PERIGOS DA ESTRADA

Para o motorista, a única vez em que passou por um aperreio grande foi trabalhando como caminhoneiro. Um assalto o traumatizou e decidiu voltar par ao táxi, rodar pelo mundo com as coisas do outros é negócio perigoso. Oi de Jeep é um motociclista aventureiro, mas

“A recordação é triste, quando eu passei uma curta temporada com caminhão aí no meio do mundo fazendo as entregas de uma empresa aqui de Serra Talhada e tinha terminado de atravessar a balsa lá de Curaçá, na Bahia com o sentido a Pernambuco em Santa Maria da Boa Vista. Após desembarcar da balsa a uns 300 metros da beira do Rio saíram dois assaltantes de lá e tentar meter bala em mim. Eu fiquei traumatizado e segui até Lagoa Grande, que era meu próximo destino tremendo de medo. Cheguei tão nervoso que não consegui nem prestar queixa a polícia. Isso tem um 8 a 9 anos, deixei de trabalhar como motorista de caminhão”, relembrou.

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