por Leonardo Sá e Silva, faroleiro

Aflora na Constituição Federal que o poder emana do povo e, em nome do povo, nossos representantes o exerce. Dessa importante lição constitucional, torna necessário ao povo brasileiro, passar a ter consciência que os representantes políticos nada mais são que nossas vozes de poder, ou seja, nós, o povo, por meio do voto, secreto e universal, opinamos para que determinada pessoa, durante determinado período, seja nossa voz, nossa vontade. Portanto, o exercício da cidadania deve levar o eleitor à consciência de que o sujeito da autoridade política é o povo considerado na sua totalidade como detentor do poder e da soberania.

Feita essa observação, temos que levar em conta o que é mais importante para a escolha de nosso candidato: suas propostas? Sua história? Sua vida pessoal? Como exigência legal, alguns cargos devem apresentar proposta de governo. Esses, obviamente, quando destinado a cargos majoritários (prefeitos, governadores, senadores, presidentes da República). Já os cargos eletivos denominados proporcionais (vereadores e deputados), não tem que apresentar proposta de governo, pois não governam, mas auxiliam no governo e fiscalizam o governo. Diante desses fatos, chama a atenção, e deve se ter cuidado, com o candidato que, em sua campanha eleitoral, só sabe atacar e desrespeitar a imagem dos candidatos de outros partidos.

Política verdadeira não se faz na base do ataque pessoal e sim a partir de propostas e programas concretos. É preciso acabar com a politicagem dos ataques pessoais de quem trata os adversários políticos como se fossem inimigos. Passado o período eleitoral, deveriam os candidatos, vencedores e vencidos, unirem-se para juntos melhorarem a qualidade de vida das pessoas, promoverem o desenvolvimento, trabalho, educação a saúde. Porém o que ocorre é um tentar impedir que o outro faça algo, justamente para depois dizer que nada fez. Portanto, eleitor, seja consciente e veja, tenha essa capacidade de enxergar quem de fato tem propostas concretas e quem só quer efetuar ataques aos outros candidatos, pois isso pode significar a ausência de proposta ou pior, capacidade de executar qualquer proposta de desenvolvimento.