SEBA E FONSECA 3Por Jorge Apolônio, policial federal e membro da Academia Serratalhadense de Letras (ASL)

Viver é perigoso. Viver é arriscar. Não há como viver sem correr riscos. E deixar de viver por temer os riscos é covardia. Aí a vida passa e não se vive. A decisão de Fonseca aderir ao PR tem seus riscos, mas tem suas vantagens.  Paradoxalmente, a principal vantagem é também o principal risco. E qual é? Ele será em Serra Talhada o candidato da máquina estadual contra o candidato de duas máquinas, a municipal e a federal, só que 2016 será um ano muito difícil para o governo Paulo Câmara e isso trará desgastes e antipatia para a candidatura de Fonseca.

Contudo Luciano padecerá do mesmo mal e de forma duplamente arriscada porque o seu próprio governo e o de Dilma serão os fiadores de sua campanha. Como se sabe, o conceito deles, os petralhas, não é nada bom, com tendência a piorar. Principalmente se ocorrer o impeachment de Dilma até a eleição municipal, o que já é quase certo por tudo o que está posto e depois da perda do grau de investimento do Brasil. Teremos meses conturbados, sem dúvida, o que afetará profundamente a campanha eleitoral de todos no Brasil.

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Se a recente reforminha eleitoral for sancionada por Dilma até 02 de outubro, Luciano poderá ainda pular fora da barca furada do PT seis meses antes da eleição e procurar um outro partido tipo bote salva-vidas. Essa possibilidade foi aprovada.

Para Fonseca, o ideal seria que ele tivesse estrutura para disputar uma campanha independente do tipo “contra tudo isso que está aí”, mas o PTB em Serra Talhada não proporciona essa estrutura adequada. Mesmo com Augusto César, que tem votos – é fato -, porém mais subtrai do que soma – também é fato.  Outro fato é que  isso não é “privilégio” só de Augusto. Carlos Evandro também, no bate rebate, contribui negativamente.

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Quanto a Sebastião, apesar de também possuir rejeição, ele ainda soma mais que subtrai. Tanto é que, segundo  pesquisas já divulgadas neste site, seria o candidato a vencer Luciano. Mas Sebastião não trocaria um mandato de deputado federal e o cargo de secretário estadual por nossa prefeitura. Nem ninguém em sã consciência.

A sorte de Fonseca está lançada – e a de Serra Talhada também.