DilmaPor Gilvan Espedito de Magalhães, cientista político com especialidade em Sociologia e Antropologia pela UFPE

A História é cíclica. Isso é, tende a se repetir. Se analisarmos a História, os mesmo protagonistas que levaram ao suicídio de Vargas, os mesmo que não queriam que JK assumisse, são os mesmos que querem agora o impeachment da presidenta Dilma.

Um dos maiores gênios da literatura brasileira, Machado de Assis, em seu livro Quincas Borba diz: “Ao vencedor as batatas, aos vencidos a compaixão”. A oposição brasileira tem que colocar em prática tal pensamento. A Dilma foi eleita dentro das regras do jogo democrático, respeitando a ordem da proporcionalidade de 50% + 1.

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A oposição tem que aprender que não existe, em hipótese nenhuma, a democracia dos derrotados, ou seja, na democracia governa quem ganhar a eleição. Por mais honrados e dignos que são os nossos magistrados, e são, não há Juiz no mundo que eleja em nome do povo, não há Juiz no mundo que substitua a soberania de um povo.

Quem vai às ruas pedir o impeachment da presidenta Dilma Rousseff é um determinado setor da elite brasileira que sua única consciência social é ter medo de polícia. As que querem ir às ruas a favor dessa medida jurídica e defendem uma intervenção militar, sugiro a leitura do livro  “Brasil: Nunca Mais” de Dom Paulo Evaristo Arns.

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Só espero uma coisa da Dilma: que não tome a mesma atitude de Vargas, ou seja, o suicídio. Mas, sim a sua frase escrita por ele em sua carta testamento: “Ao ódio responda com o perdão e aos que pensam que lhe derrotaram responda com sua vitória”.

O Brasil durante toda sua História está farto de prepotência e de intolerância. Não almeja  ardentemente o seu reencontro com suas tradições históricas. É dever de todos e obrigação da oposição não apressar esse acontecimento.