Fotos: Farol de Noticias-Licca Lima

Publicado às 13h50 desta segunda-feira (6)

Serra-talhadenses tomaram as ruas da cidade na manhã desta segunda-feira (6) para protestar contra o serviço de abastecimento de água da Compesa. A equipe de reportagem do Farol acompanhou de perto o grupo de cerca de 50 manifestantes dos bairros São Cristovão, Alto Conceição e Ipsep que percorreram a Avenida Afonso Magalhães reivindicando seus direitos.

Baldes secos, panelas sujas, ‘trouxa’ de roupas, detergente, esponjas e cartazes foram utilizados pela população como símbolos da indignação com a estratégia de racionamento d’água na cidade atribuída à Compesa. O Farol conversou com  Dinha Melo, 40 anos, mobilizadora da manifestação que explicou o objetivo da ação.

“A gente vai lá [Compesa] faz a reclamação e eles soltam a água e não chega nas casas. É importante que as pessoas se unam, porque é a gente contra a Administração. Quem tem dinheiro compra seu ‘seu carro-pipa’. Não é brincadeira, não. Está muito calor e não tem água nem para tomar banho direito”, justificou.

A professora aposentada, Penha Magalhães, 67, afirma que o que a Compesa faz com os cidadãos de Serra Talhada é injustiça. “A água não é da Compesa, é de todos nós. Então a gente precisa lutar e reivindicar por algo que já é nosso por direito. Porque nesse Brasil se a gente não lutar pelas coisas, elas não vêm. A água Deus manda para todos e não para ficar lá na Compesa”, desabafou.

Outra queixa dos manifestantes é a cobrança abusiva por parte da empresa. Eles afirmam que mesmo sem ter um abastecimento de qualidade, as contas de água chegam com preço exorbitantes.

“As caixas de água estão todas secas. O gerente deve fazer algo por nós. Quando vamos  dar queixa na Compesa. Eu vou registar a queixa, porém não podemos fazer nada por vocês”, dizem os manifestantes. “Como não podem liberar água, se a conta chega? A conta da minha irmã veio R$ 121. Cobrando o quê? O vento que passa pelo cano? É importante alguém que possa fazer alguma coisa por nós. A gente não quer pingo de água, não. A gente quer água”, reclamou Maria do Socorro Silva, 52 anos, dona de casa.

Ao fim da manifestação o gerente da Compesa, Luciano André, marcou uma reunião com 4 representantes dos bairros. Segundo informações da mobilizadora Dinha Melo, água para o São Cristóvão só irá retornar no próximo domingo (12). O representante da empresa explicou que a dificuldade em ofertar o serviço se deve ao crescimento dos bairros e a paralisação de recursos para realizar a expansão das unidades de distribuição.

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