O escritor, professor e colunista do Farol de Notícias Paulo César Gomes lança, logo mais a noite, o livro “Agamenon Magalhães e o ciclo do algodão mocó em Serra Talhada” durante a última noite da FLIST – Festa Literária de Serra Talhada.

O trabalho literário adentra nas realizações do ex-governador no sentido de estimular e valorizar a pesquisa e a valorização da produção de algodão mocó em Serra Talhada. “O ciclo do algodão é uma peça chave para entender como se deu o processo desenvolvimento econômico, social e urbanístico de Serra Talhada. A cidade durante as décadas de 1940 e 1950 produziu a melhor fibra de algodão mocó do norte e norte”, afirma Paulo César.

O autor ainda destaca os embates políticos entre os aliados de Agamenon Magalhães e os opositores e faz um paralelo com o presente. “Chama a atenção o fato de que lideranças políticas atuais tiveram parentes historicamente ligados ao período o qual o livro aborda. Se de um lado você tinha as famílias Godoy e Conrado, aliadas a Agamenon Magalhães, Methodio Godoy, Cornélio Soares e Luiz Lorena, do outro você tinha a oposição da família Oliveira Ignácio, liderada por Enock Ignácio. Ou seja, a disputa entre os grupos de Sebastião Oliveira e de Luciano Duque/Márcia Conrado já começou antes mesmo deles terem nascido”.

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PC Gomes ainda destaca que o trabalho de pesquisa traz um importante esclarecimento sobre o famoso desentendimento ocorrido durante a Festa do Algodão, em 1953, entre o prefeito Moacir Godoy, e o empresário e senador da República Assis Chateaubriand. “Naquele episódio, ocorreu uma ‘operação abafa’ idealizado pelos jornais e revistas pertencentes a Chateaubriand, que visam esconder o vexame protagonizado pelo empresário e político, no entanto, conseguimos encontrar um registro de uma importante revista nacional, que afirma que Moacir Godoy literalmente partiu para cima Chateaubriand”.

O escritor também fez questão de ressaltar a importante iniciativa feita pela prefeitura em conceder um bônus para que os professores da rede municipal adquiram livros durante a FLIST. “A ideia do bônus foi excelente. É importante valorizar o profissional e nada mais justo de que seja garantido o direito de adquirir livros. Torço muito para que os colegas de profissão possam fazer boas escolhas e que possam colocar nas suas listas de compra livros escritos por escritores da cidade. Os escritores serra-talhadenses certamente irão ficar muito gratos pelo apoio e o incentivo”, concluiu Gomes.