câmara de vereadoresA temperatura aumentou durante sessão extraordinária na Câmara Municipal de Serra Talhada, nessa segunda-feira (13). Por 10 votos a 2, foi aprovado o Projeto de Lei 030/2015, enviado pelo prefeito Luciano Duque (PT), que legaliza a permuta de um terreno no Ipsep, por uma faixa de terra no bairro São Cristovão, para construção de uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

A polêmica em torno da permuta se arrasta desde o mês de março passado, quando a prefeitura fez a troca dos imóveis sem a devida autorização da Câmara. A área em questão deveria ser construida um bem público, mas está sendo utilizada para fins particulares. A justificativa do governo do PT é que a troca vai permitir a construção de uma Unidade Básica de Saúde (UBSs) no bairro São Cristovão.

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“Este projeto não poderia entrar em votação na calada da noite e sem ouvir a população. A forma que está sendo feito parece mais uma combinação. Trocaram um ‘terrenozinho’ por um que pode se fazer dez lotes. Quem está perdendo nesta história?”, questionou o vereador Gilson Pereira (PSD) que votou contra a proposta na companhia da vereadora Vera Gama (PHS). Segundo o vereador, o projeto enviado pelo governo fere a Lei 6.766 e é ilegal. “Estamos tratando como o senhor prefeito fosse o rei. Estou discutindo o Direito e isto é ilegal”.

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REAÇÃO

A bancada governista reagiu às críticas da oposição e justificou a necessidade de aprovação do projeto de lei enviado pelo prefeito Luciano Duque. O primeiro a fazer a defesa foi o socialista Dr. Barbosa. “O meu voto foi baseado no respeito ao meio ambiente e a saúde. Vai se construir uma Unidade Básica de Saúde numa área que tem carência de saúde. Antes de iniciar a sessão cobrei a escritura do terreno e ela foi apresentada. Por outro lado, há um parecer jurídico desta Casa que respalda o projeto. Não tem nada de ilegal”, justificou Barbosa.

Já o vereador Sinézio Rodrigues (PT) rebateu as críticas de que o projeto estava sendo votado na calada da noite. “Estou votando consciente e não há nada na calada da noite. Que eu saiba, as sessões extraordinárias são prerrogativas do presidente. Meus votos não foram conquistados na calada da noite e vou seguir o parecer jurídico do advogado desta Casa”, disse Rodrigues.

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Também fizeram uso da palavra os vereadores Márcio Oliveira (PR), Nailson Gomes (PSC) e Francisco Pinheiro (PTB), todos favoráveis a proposta do governo. Segundo o vereador Marcos Oliveira, um corretor de imóveis, a pedido da Câmara, avaliou que a aprovação do projeto não traria prejuízos para o município.