Saúde de ST faz balanço de casos de suicídios

Publicado às 06h03 deste domingo (18)

O mês de Setembro também é marcado pelo período de campanha de Prevenção ao Suicídio, com as campanhas do Setembro Amarelo. Nos últimos quatro anos, de 2019 até o mês de agosto de 2022, a Rede Municipal de Saúde atendeu 403 usuários por tentativas de suicídio.

Em conversa com a reportagem do Farol de Notícias, a Assistente Social e Coordenadora de Saúde Mental, Marília Inês Cavalcanti Lima, explicou que são atendidos cerca de 50 pacientes por CAPS, a depender da idade ou demanda de saúde. O perfil anteriormente era majoritariamente feminino, mas hoje diversos homens também tem acesso aos serviços.

“Atendemos pacientes de todas as faixas etárias, e de todos os perfis sócio econômicos. Serra Talhada tem uma rede de saúde metal completa. CAPS i/j que atende crianças e adolescentes de 0 a 17 anos e 11 meses com transtornos mentais e que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas; O CAPS i/j é micro regional, atendendo a população de Serra Talhada, Betânia e Belmonte; CAPS AD III que é um serviço 24 horas, que atende a pessoas que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas, atendemos também todas a XI Geres; CAPS III atende pessoas em sofrimento psíquico, atendimento 24 horas para usuários de Serra Talhada”, descreveu.

DADOS DETALHADOS

De acordo com o setor de Saúde Mental de Serra Talhada, em 2019 houve 130 atendimentos de usuários relacionados ao suicídio. Em 2020 no início da pandemia o quantitativo de pacientes caiu um pouco para 88 casos, mas em 2021 voltou a subir no auge do isolamento social 124. E este ano o sistema de saúde contabilizou 61 pessoas atendidas apresentando ideação suicida.

COMO PREVENIR

A cerca da prevenção, do acolhimento e do tratamento de pessoas com algum tipo de sofrimento, Marília Cavalcante comentou alguns hábitos e comportamentos que podem ser identificados e encaminhados para os órgãos de saúde competentes.

“Aquelas pessoas que apresentam ideação suicida mudam com muita facilidade o comportamento habitual para isolamento, tristeza, mudança de humor, pensamentos negativos, auto mutilação, uso abusivo de medicações, entre outros. A prevenção vem através de conversa com o profissional adequado, como médico, psicólogo etc. Parentes e amigos também podem identificar que o usuário está em sofrimento através de todas as mudanças no comportamento da pessoa e dessa forma mostrar para ele que há tratamento adequando para o sofrimento vivido”, destacou a profissional, continuando:

“As pessoas próximas ao usuário são de extrema importância nesse processo de aceitação da doença. A informação é o melhor remédio para o início do tratamento, acredito que são os principais elementos para um resultado positivo. Importante que as pessoas ao redor procurarem a unidade de saúde ou o CAPS o mais rápido possível para que possam ser dadas as devidas orientações”.