ST atingida por cortes de Bolsonaro; mais de 5 mil sem águaPublicado às 10h45 desta quinta-feira (24)

O final do governo Jair Bolsonaro está sendo ainda mais catastrófico para os nordestinos. Ontem (quarta-feira), foi anunciado o corte geral de carros pipas, programa coordenado pelo Exército Brasileiro. O programa atende atualmente cerca de 1,6 milhão de nordestinos em oito estados – Pernambuco é o que tem mais beneficiados e logo atrás está a Bahia, com quase 400 mil pessoas.

Nessa quarta-feira (23) o coordenador da Defesa Civil Municipal (DCM), João Lira, durante entrevista ao programa Falando Francamente, na TV Farol, revelou a sua preocupação com relação a Serra Talhada.

“Fazendo um panorama geral e do nosso município, hoje a gente é atendido com seis caminhões pipa, Operação Pipa do Exército, que é uma ação entre o Ministério do Desenvolvimento Regional, que entra com a parte de recursos; e o MInistério da Defesa que entra com a parte da execução pelo exército. Já tivemos uma redução no início do ano de 15 caminhões pipas para seis. Isso foi um levantamento realizado pelo 4º Batalhão de Polícia do Exército, sediado na cidade de Recife, que é responsável pela operação pipa aqui em Serra Talhada, Santa Cruz, Afogados da Ingazeira, Flores, essa região nossa aqui do Pajeú, e esse corte de caminhão foi geral após esse levantamento populacional que realizaram”, disse Lira, enfatizando:

Com esse corte, com essa redução, a gente tentou ver essa questão junto ao Batalhão e ele nos informou via ofício a uma solicitação nossa, o porque desse corte drástico, e a questão dessa diminuição populacional; e informaram que de acordo com o censo que fizeram em 2021, que foi um pouco atrapalhado por conta da pandemia, constataram que o município tem hoje uma média de 5.144 pessoas cadastradas. Não tem como a gente estimular famílias por conta que a gente trabalha com o número de pessoas assistidas. Atualmente em Serra Talhada é esse quantitativo. A gente imaginava que com essa redução, a gente não teria mais problemas com questão de corte de verba, por falta de verba, mas o problema permanece”.

“Era um pipa que estava atendendo o município, só que com a chegada da estiagem no mês de setembro, eu fiz a solicitação à prefeita, do acréscimo de pelo menos um caminhão pipa para ver se atendia essa demanda. Até onde eu estava ciente, pelo pessoal da agricultura, eles estavam conseguindo atender. Agora a gente vai precisar sentar de fato e ver a viabilidade de contratação de carros pipas para tentar atender esse pessoal. Não é fácil, porque são 250 localidades cadastradas, e para a gente conseguir atender a nível municipal é difícil. Já conversei com o secretário Márcio Oliveira”, finalizou.

Confira a entrevista completa no Falando Francamente da TV Farol