crime

 Foto: Alejandro García/Farol

Serra Talhada vai completar, na próxima semana, um ano sem respostas para várias mortes e sob o mesmo clima de insegurança. No início do ano passado, o município viveu uma intensa atmosfera de terror e medo após registrar uma onda assustadora de assassinatos em série que culminaram, no dia 22 de março, em cinco mortes num só dia.

Desse total, três dos casos ficaram na alçada do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), de Recife (relembre), após intervenção direta do governo de Pernambuco. Mas, até agora, pouquíssimos dos 36 assassinatos registrados em 2014 foram solucionados, deixando no ar uma grave sensação de impunidade.

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Depois de um ano, o sentimento cresceu. Novamente uma onda de homicídios retorna (já são quatro em pouco mais de dois meses) assustando a população da Capital do Xaxado, que assiste a tudo sem receber respostas mais eficazes das autoridades.

DUQUE CRITICA IMPUNIDADEprefeito Duque.1

Em contato com o FAROL, neste sábado (14), o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, criticou a sensação de impunidade que vem assolando a cidade. Na visão do gestor, é inevitável não cobrar respostas ao governo de Pernambuco.

Duque lembrou também da morte do ex-vereador Isivaldo Conrado, que chegou a protocolar pedidos de proteção ao então governo Eduardo Campos, depois de receber consecutivas ameaças de morte. O ex-parlamentar acabou assassinado no centro da Capital do Xaxado em maio de 2011 (relembre).

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“A mãe da violência é a impunidade e a ausência do estado. Sabemos, por exemplo, o quanto o ex-vereador Isivaldo Conrado pediu apoio depois de sofrer vários atentados. Depois das execuções, no ano passado, liguei para o ex-governador Eduardo Campos que mandou um delegado especial e nada foi apurado. Façamos uma campanha em prol da paz e cobramos a presença do estado para que se faça o cumprimento da lei, com isenção. O momento é grave”, avaliou Duque, cobrando:

“Quantos terão que tombar pelas mãos dos justiceiros por falta de justiça? Quantos filhos terão que chorar a morte de seus pais? Este debate não pode ser politizado, como querem alguns. Vamos fazer uma campanha para que o estado assuma o seu papel e apure. Se os crimes não forem apurados, a injustiça vai prevalecer”.

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