Foto: Eduardo Tumajam
Publicado às 09h55 desta quinta-feira (12)
Farol com informações do Diário de Pernambuco
A 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decidiu, por unanimidade, que a empresa de transporte Viação Progresso tem obrigação de bancar o tratamento de saúde da estudante Kedydja Cibelly Borges dos Santos, de 20 anos, que precisa continuar com acompanhamento psiquiátrico para se livrar da depressão e fazer novos procedimentos cirúrgicos em São Paulo para corrigir as cicatrizes no rosto causadas pelo acidente de ônibus que provocou afundamento na sua testa, perda de cartilagem do nariz e comprometeu uma das sobrancelhas.
A decisão representou uma vitória para a estudante de Engenharia de Produção da Univasf, localizada em Salgueiro, que precisa realizar um novo procedimento cirúrgico para fazer novos enxertos de gordura na testa, no nariz e na sobrancelha. “Essa decisão do Tribunal de Justiça consolidou a obrigação que a empresa tem de indenizar a Kedydja com o custeio do seu tratamento”, analisa o advogado de defesa da estudante, Eduardo Lemos Barbosa.
O acidente que envolveu a estudante ocorreu em 16 de novembro de 2020, em Ouricuri. O ônibus capotou e a estudante se desprendeu do cinto de segurança e seu rosto foi arrastado no chão e ficou debaixo do veículo por cerca de dez minutos, provocando danos a seu rosto.
Mergulhada num quadro de depressão desde que sofreu o acidente, Kedydja Cibelle desde abril está com acompanhamento psiquiátrico e revela que a empresa não teve empatia com o seu caso, sendo omissa desde o primeiro dia. “As coisas só começaram a mudar depois que o meu advogado começou atuar no caso a partir de março”, ressalta ela, dizendo que nunca foi procurada pela empresa. “Será que se fosse a filha de um dos sócios da empresas que etivesse enfrentando o que eu passei, eles aprenderiam ser solidários”, questiona. A nova decisão do TJPE a encheu de esperança de se ver livre de boa parte das cicatrizes no seu rosto. “Espero retornar para São Paulo no próximo mês para fazer novos procedimentos e que eu não corra mais o risco de ter meu tratamento interrompido”, disse ela.
MAIS PRESSÃO EM 2017
Em 2017, o Farol noticiou mais um caso de desrespeito por parte da Progresso, após ignorar os direitos de um idoso, com relação a garantia do assento. Leia matéria completa abaixo:
1 comentário em Progresso é obrigada a bancar tratamento de estudante